A miragem do desenvolvimento na periferia metropolitana: reestruturação e crise em Queimados – RJ
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13807 |
Resumo: | A relação entre a cidade de Queimados-RJ e a indústria está presente desde a sua fundação. O Distrito Industrial de Queimados criado na década de 1970 e foi álibi para que anos depois se iniciasse um movimento de emancipação, reivindicando que a riquezas geradas pelo distrito ficassem no local. Essa associação entre indústria, progresso e melhoria das condições de vida permanecerá até os dias atuais no imaginário e nos discursos. O objetivo desse trabalho é analisar as contradições do modelo de desenvolvimento adotado em Queimados compreendendo seu surgimento, apogeu e declínio. Para tal, através da pesquisa em periódicos, analisamos o longo processo de consolidação do distrito industrial, para compreender as bases da reestruturação contemporânea. O distrito é polo mais dinâmico da economia municipal e é a partir dele que se iniciam movimentos de crescimento econômico. Criado no apogeu do desenvolvimentismo “clássico”, o auge da ocupação industrial ocorreu durante a vigência do “novo desenvolvimentismo” (MERCADANTE, 2010). Queimados se insere no Extremo Oeste Metropolitano (OLIVEIRA, 2015) e essa região emergiu como polo logístico-fabril e que recebeu grandes investimentos enquanto vigoraram as políticas do “novo desenvolvimentismo”. Entre 2010 e 2015 a cidade experimentou um período de crescimento e o início desse processo ocorreu através da aprovação de incentivos fiscais, e a posterior chegada de investimento industriais e logísticos. Através de dados estatísticos do IBGE observamos as características do período virtuoso na cidade e somando à análise dos dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED) observamos que a indústria de transformação havia sido fundamental, mas devido a construção civil o processo se potencializou. O poder local costurou uma aliança política – algo comum no período – para disputar projetos, recursos e investimentos para Queimados, que conformaram, em nosso esforço de análise, uma máquina de crescimento. Com o declínio do “novo desenvolvimentismo”, as condições para manutenção da máquina de crescimento se findaram e a cidade vivenciou anos de retração das atividades econômicas e uma queda acentuada de todos os setores da indústria, inclusive a construção civil. |