Em busca de gestão da qualidade de vida no trabalho na perspectiva da ergonomia da atividade: concepções e práticas de servidores da UFRRJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Di Palma, Viviane Arno lattes
Orientador(a): Villardi, Beatriz Quiroz lattes
Banca de defesa: Villardi, Beatriz Quiroz lattes, Cova, Márcia Cristina Rodrigues lattes, Vieira, Fernando de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão e Estratégia
Departamento: Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15096
Resumo: A presente pesquisa aborda as concepções dos servidores sobre Qualidade de vida no trabalho (QVT) é sua influência nas práticas profissionais adotadas no quotidiano do ambiente físico de trabalho. Nessa abordagem foram examinadas as condições de estrutura física da UFRRJ, no campus de Seropédica, disponíveis para os servidores desenvolverem suas atividades profissionais. A motivação para esta pesquisa foi dada por se perceber na rotina da Divisão de Atenção da Saúde do Trabalhador da UFRRJ (DAST), o adoecimento de servidores por patologias do tecido osteomuscular com caráter de doenças ocupacionais que parecem ter relação com as condições de trabalho. Diante desta situação, do adoecimento e das condições de trabalho, a pesquisa se apoia teoricamente na ergonomia da atividade, que aborda os gaps entre o trabalho prescrito e real. Em vista de uma possível interação entre Fatores da estrutura física para o trabalho (ergonomia), Riscos à saúde, Estresse físico e psicológico, Práticas de ergonomia, Satisfação e QVT no trabalho, a presente pesquisa aplicada indagou: Como as práticas de ergonomia adotadas influenciam a concepção de QVT dos servidores? Para tanto esta pesquisa focou em como os servidores têm vivenciado a situação ergonômica e as práticas profissionais por eles adotadas. E assim, os servidores pesquisados desenvolveram sua própria concepção sobre QVT. Os dados de campo foram coletados mediante pesquisa documental e entrevista semiestruturada com quinze servidores de três setores. Nesta pesquisa qualitativa de abordagem fenomenográfica das transcrições das entrevistas analisadas emergiram cinco concepções dos indivíduos acerca do fenômeno de como as práticas de ergonomia adotadas influenciam as suas concepções de QVT, a saber: (i) Fatores da estrutura física, (ii) Risco a saúde, (iii) Estresse físico e psicológico, (iv) Práticas ergonômicas adotadas e (v) Satisfação no trabalho. A pesquisa evidenciou que vivencias ergonômicas tanto negativas como positivas no trabalho decorrem em concepções. Destaca-se a concepção (iv) Práticas ergonômicas adotadas, revelando a forma como os servidores agem ou reagem para contornar a vivencias negativas presentes no seu contexto laboral e assim, alcançarem (v) Satisfação no trabalho. O estudo revelou que ergonomia pode ter uma abordagem ampliada além da ergonomia física e se sugere que a perspectiva ergonômica seja contemplada no planejamento das metas de uma organização, pois propicia melhorias na QVT, tais como menor índice de adoecimentos pelo trabalho. Também se explicitou nesta pesquisa como as vivencias dos indivíduos no contexto laboral gera as próprias concepções sobre a QVT, as quais efetivamente orientam nas práticas que adotam no quotidiano de seu trabalho. Logo, como implicações práticas, recomenda-se estabelecer metas para gestão da QVT dessa IFES e que a ergonomia da atividade seja considerada no Plano de Desenvolvimento InstitucionalPDI, com o objetivo de se favorecer a QVT e a qualidade dos serviços prestados por esta instituição. Para tanto, cabe considerar as vivencias percebidas pelos servidores como reveladoras de suas concepções sobre a QVT, nas metas de melhoria da QVT na instituição.