Concepções sobre aprendizagem individual e coletiva na prática em uma organização pública: do quebra-cabeça à reflexão pública
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu Instituto Três Rios |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10351 |
Resumo: | A relação entre o trabalhador e a organização tem sido razão de investigação científica ao longo dos anos; assim como as mudanças ocorridas nesta relação, que culminaram na abordagem estratégica da gestão de pessoas. Neste sentido, a gestão estratégica de pessoas se insere nas organizações públicas brasileiras em busca de modernizar sua gestão. Nesta modernização, inclui-se o desafio de implementar o Decreto nº 5.707/06, que estabeleceu a gestão por competências como modelo a ser adotado na administração pública federal, no qual o desenvolvimento destas competências decorreria da aprendizagem contínua. Contudo, por se reconhecerem as diferentes realidades das organizações públicas e de seus trabalhadores no desenvolvimento de suas competências no dia a dia, se realizou pesquisa visando configurar as concepções dos trabalhadores sobre a aprendizagem individual e coletiva para o desenvolvimento de suas competências profissionais na sua prática de trabalho. A partir de uma abordagem interpretativista qualitativa, adotou-se o estudo de caso único como estratégia de pesquisa, tendo como unidade de análise o grupo de trabalhadores da área de patrimônio do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ, que são servidores técnico-administrativos concursados do quadro permanente dos oito campi da instituição. Para coletar os dados, foram entrevistados, individualmente, quinze trabalhadores da área de patrimônio do CEFET/RJ, realizou-se observação participante em cinco reuniões destes trabalhadores, além de pesquisa documental na instituição. Mediante análise fenomenográfica, foram evidenciadas, com base nos depoimentos dos trabalhadores, quatro concepções do fenômeno da aprendizagem individual e coletiva que revelam como vivenciam na prática o fenômeno. Estas concepções, denominadas mediante metáforas do processo de aprendizagem, são: (A) Montando o quebra-cabeça; (B) Vivendo e aprendendo; (C) A dificuldade é um professor severo; e (D) Várias cabeças pensam melhor do que uma. Estes trabalhadores atribuíram significados distintos ao aprender, em outros termos, eles concebem de diferentes maneiras o processo de aprendizagem individual e coletivo ao desenvolverem competências profissionais no trabalho que realizam. As quatro concepções juntas permitem apreender, em sua totalidade, o fenômeno da aprendizagem na área de patrimônio do CEFET/RJ, permitindo ampliar a compreensão do significado do fenômeno para estes trabalhadores. Os resultados de campo sugerem, ainda, que, apesar dos níveis individual e coletivo da aprendizagem serem percebidos nas quatro concepções em intensidades diferentes, nas concepções A e B, os trabalhadores revelam que vivenciam predominantemente o nível individual, enquanto nas concepções C e D, revelam o nível coletivo. Por fim, conclui-se, com base nas concepções supracitadas, que o significado atribuído pelos trabalhadores da área de patrimônio do CEFET/RJ ao fenômeno da aprendizagem individual e coletiva é múltiplo e inter-relacionado, revelando “o quê” e “como” o fenômeno da aprendizagem se realizou para estes trabalhadores. Dentre as implicações práticas da pesquisa, destaca-se o estímulo à aprendizagem informal promovido pela percepção dos trabalhadores de falta de treinamento formal, tornando-se uma forma de aprendizagem coletiva. Como implicações teóricas, revelou-se a coexistência da reflexão individual estimulando a reflexão pública |