Mercados, redes sociais e território: o caso da Feira Orgânica do Rio da Prata-RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira, Fernanda da Silva lattes
Orientador(a): Fernandez, Annelise Caetano Fraga lattes
Banca de defesa: Fernandez, Annelise Caetano Fraga, Schmitt, Claudia Job, Oliveira, Valter Lúcio de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto Três Rios
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11439
Resumo: A presente pesquisa visa compreender a construção social da Feira Orgânica do Rio da Prata, localizada na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, de maneira contextualizada com as atuações em meio a redes de mobilização política e associativismo de agricultores. Buscamos entender como esse mercado traduz as estratégias de resistência da pequena produção agrícola encontrada na vertente do Rio da Prata, no Maciço da Pedra Branca, diante de um quadro de invisibilidade da agricultura na Zona Oeste da cidade. A feira permite pensar os significados e representações que são projetados sobre o território, na perspectiva dos atores locais. Com o foco voltado para as relações sociais, discute-se a inserção de pequenos produtores do Rio da Prata em mercados orgânicos e agroecológicos; e os atores envolvidos na construção e ampliação desses mercados no Rio de Janeiro. O acesso a esses mercados e a articulação política dos agricultores, em meio a redes sociais, instituições, movimentos sociais e organizações não-governamentais, têm contribuído para uma crescente notoriedade dos mesmos. Estes, dessa maneira, tornaram-se porta-vozes dos demais produtores da localidade. E, com base em suas experiências em feiras na Zona Sul e Oeste da cidade, criaram a Feira Orgânica do Rio da Prata, nos limites da maior unidade de conservação em área urbana do mundo. Ao reconstituir o processo de criação da referida feira, de maneira relacionada às ações desenvolvidas em meio às redes sociais, podemos compreendê-la como uma estratégia de resistência da agricultura familiar e um modo de enfrentar a invisibilidade, projetando no espaço uma representação do território agrícola, aliado à preservação do meio ambiente. Os métodos utilizados envolvem a observação participante nas atividades da feira, festividades e outros fóruns, além de entrevistas orais semiestruturadas com os envolvidos. São incluídos, também, materiais produzidos pelo grupo e artigos publicados em periódicos acadêmicos, jornais e revistas de ampla circulação. Por fim, as referências bibliográficas privilegiaram temas como mercados de orgânicos, agroecologia, redes sociais, agricultura familiar, campesinato, território e resistência.