Estudos espectroscópicos da interação entre chalcona e seus derivados fluorados com albumina sérica bovina (ASB)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barros, Leonardo Santos de lattes
Orientador(a): Silva, Francisco de Assis da lattes
Banca de defesa: Ferreira, Aurélio Baird Buarque, Ferreira, José Carlos Netto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14687
Resumo: A interação entre ASB e as chalconas (CH, CH3F, CH4F, CH35F, CH23F, CH25F e CH2356F) em solução tamponada (PBS, pH = 7,4) foi estudada por espectroscopia no ultravioleta-visível (UV-Vis), espectroscopia de emissão de fluorescência, dicroísmo circular (DC). Os resultados dos estudos obtidos para as constantes de supressão kq ( 1012 a 1013 L/mol.s) e os valores calculados pela teoria de transferência de energia não-radiativa de Förster (r a nm) menores que 7 nm, indicam a ocorrência de uma forte interação chalconas-ASB que independe da temperatura, sugerindo nesse caso um mecanismo estático para o processo de supressão. O deslocamento batocrômico, observado tanto nos estudos de UV-Vis, quanto nos experimentos de supressão de fluorescência para a interação chalcona-ASB, indicam que o cromóforo da ASB está em um ambiente menos hidrofóbico (mais hidrofílico) em relação àquele quando para ASB livre. Os valores de H0 e S0 positivos, em todos os casos, exceto para a CH ( H0 negativo), demonstrou que o processo de interação das chalconas com a ASB foi endotérmico, e que o tipo de interação é hidrofóbico. No caso em especial para a chalcona (CH), em que o valor de H0 é ligeiramente negativo, e demonstra que a interação entre a ASB e a chalcona (CH) tem um maior caráter hidrofílico. Neste caso, deve estar operando também interações eletrostáticas, tipo ligação de hidrogênio. Os valores de G0 negativos ( G0 -28 a -21 kJ/mol) demonstraram a espontaneidade de ligação das chalconas com a ASB. Consequentemente, a principal interação é o contato hidrofóbico, mas a interação eletrostática também não pode ser excluída. A análise quanto ao número e a posição dos átomos de flúor como substituintes sobre o anel (A) da chalcona apresenta uma melhor correlação com a quantidade de átomos presentes. Um aumento no grau de substituição indica um maior caráter hidrofóbico para a complexação. Isto pode ser confirmado por altos valores tanto de H0 e de S0 para os compostos mais substituídos. No dicroísmo circular foi verificada uma diminuição do % de -hélice da ASB em 208 nm e 222 nm, devido ao aumento de concentração das chalconas. Esses efeitos podem ser atribuídos à formação de um complexo chalconas/ASB que pode estar induzindo variações conformacionais na ASB.