Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Martha Lima
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Orientador(a): |
Alejos, José Luis Fernando Luque |
Banca de defesa: |
Alejos, José Luis Fernando Luque,
Silva, Reinaldo José da,
Pereira, Luís Cláudio Muniz,
Vieira, Fabiano Matos,
Silva, Claudia Portes Santos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10125
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Resumo: |
O pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) é a única espécie de Sphenisciformes que chega anualmente à costa brasileira durante a sua migração invernal. A biologia desta espécie é relativamente bem estudada em sua época reprodutiva na Patagônia, porém sua biologia durante o período migratório possui muitos dados incompletos. Helmintos intestinais são componentes da biodiversidade muitas vezes ignorados por muitos cientistas, porém têm papel importante no ecossistema como um todo, seja regulando suas populações hospedeiras ou respondendo questões quanto à especificidade parasitária, a origem de espécies e suas relações tróficas. O objetivo desta tese foi estudar os helmintos parasitos do S. magellanicus e a partir deles buscar informações relevantes sobre a biologia deste hospedeiro e do ecossistema marinho. Carcaças de pinguins foram coletadas nos invernos de 2008 e 2010 em praias de cinco Estados do litoral brasileiro e os conteúdos gastrointestinais foram triados para a busca de helmintos. No decorrer da triagem, achados inesperados de lixo nos estômagos também foram coletados e analisados por ser uma importante informação sobre a saúde tanto dos pinguins quanto do ecossistema marinho. Cinco espécies de digenéticos foram registradas pela primeira vez neste hospedeiro e redescritas. São elas: Mesostephanus odhneri (Travassos, 1924) Lutz, 1935, Posthodiplostomum macrocotyle Dubois, 1937, Stephanoprora uruguayensis Holcman-Spector & Olagüe, 1989, Ascocotyle (Phagicola) longa Ransom, 1920 e Ascocotyle (Phagicola) sp.. O acantocéfalo Corynosoma australe foi também registrado pela primeira vez neste hospedeiro. As espécies já conhecidas Contracaecum pelagicum, Tetrabothrius lutzi e Cardiocephaloides physalis, também foram registradas neste trabalho e achados histopatológicos do C. pelagicum foram estudados. A triagem cuidadosa com malha da peneira de 75µm certamente influenciou positivamente no registro de tantas associações parasitárias novas para este hospedeiro e, neste trabalho procuramos demonstrar que é possível, de forma cuidadosa e conservadora, trabalhar com parasitos provenientes de carcaças de animais. Esta é uma questão delicada, porém importante de ser debatida, visto que a biodiversidade parasitária de muitas espécies hospedeiras ameaçadas de extinção é praticamente desconhecida. |