CONTEXTURAS DA TERRA: FAMÍLIA, TRABALHO E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA NO VALE DO IGUAPE (1871-1963)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cruz, Ana Paula Batista da Silva lattes
Orientador(a): Nascimento, Álvaro Pereira do lattes
Banca de defesa: Andrews, George Reid lattes, Castro, Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de lattes, Dezemone, Marcus Ajuruam de Oliveira, Fraga Filho, Walter da Silva lattes, Nascimento, Álvaro Pereira do lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19312
Resumo: O presente estudo tem por objetivo a apreensão das diversas táticas de acesso e permanência à terra agenciadas pela população negra do Vale do Iguape no Recôncavo da Bahia, no contexto de emancipação e pós-abolição. O território privilegiado por esta abordagem foi marcado pela grande concentração de terras nas mãos da elite senhorial, detentora dos engenhos e fazendas açucareiras. Na contemporaneidade é o lócus de comunidades quilombolas em processo de titularização. Diante da estrutura territorial da região, as tramas que envolvem as lutas por terras no Vale do Iguape foram investigadas nesta tese a partir da perspectiva da longa duração, com um recorte temporal que contempla das duas últimas décadas da escravidão até o período que antecedeu o golpe civil-militar (1871-1963). No entanto, as periodizações não aparecem ao longo do estudo de forma pré-estabelecidas, mas a partir das experiências dos sujeitos aqui acompanhados em relação aos processos mais amplos da sociedade. Esse diálogo entre os tempos teve como fio condutor as experiências de cinco gerações da família Almeida Costa. Através desse núcleo familiar e suas redes de solidariedade, foi possível apreender como a sociedade escravista e a invenção da liberdade foram mobilizadas por sujeitos comuns. A hipótese que norteia essa tese é a de que em meio às lutas por cidadania, em especial o acesso à terra, a população negra do Vale do Iguape acionou diferentes categorias identitárias: rendeiros, camponeses, posseiros, quilombolas, gestando uma cultura política negra.