Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Kropf, Marcela Stuker
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Orientador(a): |
Oliveira, Rogério Ribeiro de
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Banca de defesa: |
Freitas, André Nunes de,
Fernandez, Annelise Caetano Fraga,
Loureiro, Carlos Bernardo Frederico |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9366
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Resumo: |
A criação de instrumentos modernos de gestão da biodiversidade, integrados e abrangentes é desafio a ser enfrentado por metodologia interdisciplinar. A presente pesquisa, realizada nos Parques Nacionais Iguaçu (Brasil) e Iguazú (Argentina), foi motivada por questões a serem respondidas pela combinação de diferentes vertentes teóricas, visando contribuir para um avanço nos estudos interdisciplinares da ciência da conservação. Considerando-se a paisagem como um sistema socioecológico historicamente construído, a proposta da pesquisa é a criação de uma ponte entre a teoria e a prática na gestão de áreas protegidas, buscando-se trazer a biologia da conservação para a vida cotidiana, em lacunas ainda existentes nesse campo. Pensando-se na dialética local/global das questões ambientais e partindo-se de uma visão da fronteira concebida como região e território, se delineia o objetivo geral desse trabalho: a realização do diagnóstico da cooperação entre os Parques Nacionais do Iguaçu/Iguazú e, em decorrência, fornecer subsídios para a gestão. Para isso, foram realizadas visitas aos parques mencionados e a áreas protegidas transfronteiriças europeias, sendo testado instrumento de diagnóstico de potencial de conservação transfronteiriça da IUCN por meio de entrevistas aos gestores das áreas brasileiras e argentinas e a representantes da sociedade civil. Foram contempladas questões para acessar as percepções sobre o patrimônio representado pelos parques e avaliar os valores que suportam a cooperação. Verificou-se no modelo europeu serem as relações pessoais o suporte para o enfrentamento das dificuldades do processo. Nas áreas visitadas, é dado valor à cultura regional e local resultando numa paisagem sociobiodiversa. No caso dos parques estudados, constatam-se mais semelhanças do que diferenças, pelo compartilhamento de variados elementos, por vezes distintos, porém, convergentes. Existe histórico de cooperação, tendo como marco a atribuição de Sítio do Patrimônio Mundial da UNESCO. A avaliação das percepções dos atores indica predominância de valores estéticos, entretanto, vislumbram valores humanistas e morais que apontam para valores intrínsecos da biodiversidade e integrativos, como pressupõe a cooperação, numa constante retroalimentação. Existem motivos fortes para a cooperação, alavancados pelos atributos naturais da região. As dificuldades apresentadas pelos gestores contribuem para percepção de distanciamento entre o ideal e a prática da ação cooperativa, visualizada pela diferença de importância atribuída enquanto valor e a importância enquanto inserção na agenda institucional. A participação de representantes da sociedade civil foi essencial para a inclusão das ameaças culturais como motivo para a iniciativa transfronteiriça e dar maior força a ela. A cooperação entre os parques foi categorizada da consulta para a colaboração entre os pares. Os setores de proteção, pesquisa, manejo e troca de dados possuem maiores demandas e potenciais para cooperação. As diferenças sociais, econômicas e das políticas ambientais dos países mostram-se empecilhos para implantação de ações conjuntas de preservação ambiental. A gestão biorregional através das áreas protegidas transfronteiriças pode ser um ponto de convergência de políticas que integrem interesses econômicos, ambientais e políticos. Conhecer a opinião dos envolvidos através da ferramenta proposta foi parte fundamental nesse trabalho e mostrou o potencial da conservação transfronteiriça para uma gestão integrada da biodiversidade. |