Será que já raiou a liberdade ou se foi tudo ilusão? As estratégias dos escravizados na conquista da alforria em Paraty de 1861-1885

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Luiz Rosemberg Trajano da lattes
Orientador(a): Costa, Carlos Eduardo Coutinho da lattes
Banca de defesa: Perussatto, Melina Kleinert lattes, Silva, Murilo Borges lattes, Costa, Carlos Eduardo Coutinho da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20138
Resumo: Este trabalho se propõe a investigar as estratégias dos escravizados na busca da liberdade, na segunda metade do século XIX, no município de Paraty. Para isso, foram utilizadas na construção desta pesquisa diversas tipologias documentais, tais como: fontes eclesiásticas (os assentos de batismo da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios), as libertações do Fundo de Emancipação, dois processos judiciais localizados no Arquivo Público do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, Relatórios dos Presidentes de Províncias, Censo Imperial e algumas trocas de correspondências entre a corte e o município de Paraty. Por este ângulo, pretendemos apontar como esses sujeitos – homens e mulheres – desenvolviam ações, mantinham relações de sociabilidade e de solidariedade com atores sociais de categoria livre ou cativa para conquistar suas liberdades e a de seus filhos. Para realizar tais propósitos, recorremos a formação de um banco de dados que nos permitiu identificarmos informações que não estão explicitas nas documentações. Desta forma, acompanhamos relações, experiências, estratégias, comportamentos e trajetórias individuais dos atores sociais envolvidos. Ademais, este processo só foi possível a partir da aplicação do método da micro-história e com ela a ligação nominativa, de forma que pudéssemos assinalar as redes de parentesco e de sociabilidade. Portanto, pretendeu-se com a pesquisa indicar particularidades entre os sujeitos escravizados e os de condição livre, designando novas possibilidades, de forma que a análise contribua para a produção historiográfica acerca do tema da escravidão e alforria no Brasil.