Saindo do armário da escola: a autoetnografia educacional como meio de ressignificação da violência de gênero no ensino fundamental
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18519 |
Resumo: | A partir da autoetnografia, compreendi o colonialismo de gênero na dinâmica de saída do armário dentro dos anos finais do Ensino Fundamental. Fiz uma autoetnografia problematizando como a normatividade de gênero e sexualidade se desenvolvem quando uma pessoa transviada tem sua identidade dissidente exposta dentro da escola e suas consequências. Para isso, conto como foi minha saída do armário no 6o ano do Ensino Fundamental, ainda aos 12 anos de idade, na cidade de São João do Sabugi, interior do Rio Grande do Norte, e como a partir de então minha vida foi inteiramente ressignificada pelas práticas de violência de gênero. Nesse sentido, debruço-me sobre a compreensão de como a exclusão social pelo gênero e pela sexualidade compõe uma espécie de colonialismo desde a antiguidade à modernidade, e como tais relações dão sentido às práticas educacionais escolares, englobando relações de vigilância e punição. Como fonte, usei relatos autobiográficos já publicados anteriormente em ambiente ativista on-line, para o Laboratório de Linguagens e Diversidade Sexual (LALIDIS), vinculado à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, no ano de 2020. O trabalho percebe como a tríade sexo-gênero- sexualidade dentro do sistema de ensino molda uma série de violências marcadas sobre crianças transviadas que não correspondem ao padrão social de heterossexualidade e cisgeneridade, conjecturando um sistema de marginalização e vulnerabilidade para pessoas não cisgêneras e não heterossexuais. Nesse sentido, chama-se a atenção para o cuidado com crianças dissidentes. |