Ativismo conservador e educação: relações entre campo político, campo religioso e campo educacional em uma escola de periferia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Camila Tavares lattes
Orientador(a): Masson, Máximo Augusto Campos lattes
Banca de defesa: Masson, Máximo Augusto Campos, Santos, Ramofly Bicalho dos, Machado, Leonardo Maia Bastos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13136
Resumo: A pesquisa teve como objetivo geral investigar as relações entre campo político, campo religioso e campo educacional a partir das formulações de Pierre Bourdieu. Nosso trabalho veio a se constituir na análise de um estudo de caso em uma escola pública de um município da periferia fluminense. Trabalhamos com uma “abordagem etnográfica”, considerando a escola como um pequeno fragmento do campo educacional no qual estariam incidindo efeitos de ações políticos/religiosas. Foram de fato observadas ações “evangélicas” intencionais relacionadas ao exercício da função docente, que incidem sobre os estudantes, com práticas de vigilância moral e efeitos concretos sobre os padrões comportamentais de espectros religiosos de conformação dos costumes reproduzidos e reafirmados no ambiente escolar. Estando essas ações de fundo “evangélico” relacionadas a reprodução da condição de classe e inserção mais favorável no campo econômico, uma vez que estão diretamente relacionadas ao modo de ingresso no serviço público da maior parte dos funcionários da escola, ocorridos através das ações de clientelismo político por parte de um grupo de uma oligarquia conservadora local, que desde 1960 domina o município, porém adequando-se a novos formatos do agir clientelístico, na qual a “reafirmação de identidades e princípios religiosos” se tornou uma garantia de permanência de vínculos empregatícios mediante construção de clientela política local.