Do patriarcal ao monoparental: consumo material e a construção de identidade da família monoparental feminina
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu Instituto Três Rios |
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10353 |
Resumo: | Nas últimas décadas, os modelos de família patriarcal têm apresentado uma redução significativa de ocorrências no Brasil, enquanto que arranjos familiares monoparentais compostos pela exclusiva liderança da mulher apresenta crescimento constante (IBGE, 2015; LEONE et al 2010; COSTA & MARRA, 2013; SCHIMANSKI & PEREIRA, 2013). Desse modo, as transformações nas práticas de consumo durante o ciclo familiar oferecem um amplo universo para os estudos de consumo em contexto nacional (CASSOTI & SUAREZ, 2015). É nesse sentido que os bens possuem a capacidade de funcionar como caminho para a criação de identidade familiar, evidenciando as interações e reformulações existentes na família (EPP & PRICE, 2008; COMMURY & GENTRY, 2000; MILLER, 2010). Diante disso, a presente pesquisa buscou investigar como a mulher da família que se torna monoparental utiliza a cultura material para minimizar e enfrentar os efeitos causados pela separação ou falecimento do cônjuge durante a construção da identidade da família monoparental feminina. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista em profundidade com 12 mulheres chefes de famílias monoparentais moradoras na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro (MCCRAKEN,1988). Como requisito básico para ser entrevistada as mulheres deveriam ter assumido a condição de responsável da família nos últimos 7 anos, período de tempo o qual o processo de restruturação pós divorcio ou falecimento incorre (BURNS & DONALD, 1980; COMMURY & GENTRY, 2000). Os dados coletados foram analisados por meio da análise de conteúdo (BARDIN, 2011). Nesse sentido, comparando os resultados obtidos e os relacionando com o esquema de construção de identidade familiar proposto por Epp & Price (2008), o presente estudo parece apontar que a construção de uma de identidade de família monoparental ocorre exatamente através de propulsores como; rompimento conjugal, nova forma de liderança, maior integração entre os membros e limitação orçamentaria da família. Diante disso, todos esses atributos são determinantes nas formas de relação entre a família e a materialidade, pois, estipulam os níveis de intensidade dessa interação dialética. Essas formas de uso, significado e interações entre os indivíduos e os bens parecem criar dois estereótipos de família. A primeira foi denominada de família renovada, a qual compreende as unidades com maior flexibilidade para inserção de mudanças, tanto nos bens adquiridos quanto nas formas de negociações e participações no processo decisório. Já o segundo grupo correspondeu as famílias gradativas, sendo estas menos propensas as mudanças drásticas em relação aos costumes e consumo dos bens familiares. Essas famílias geralmente enxergam a continuidade dos padrões de consumo como algo essencial para a harmonia familiar. |