Africanos livres no Brasil: tráfico ilegal, vidas tuteladas e experiências coletivas no século XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cavalheiro, Daniela Carvalho lattes
Orientador(a): Popinigis, Fabiane
Banca de defesa: Popinigis, Fabiane, Nascimento, Álvaro Pereira do, Araújo, Carlos Eduardo Moreira de, Chalhoub, Sidney
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14016
Resumo: A presente dissertação explorou as formas de vida e trabalho dos africanos livres no Rio de Janeiro, seguindo uma linha de raciocínio inspirada nas suas históriasde vida, perscrutando trajetórias individuais que oferecem uma perspectiva coletiva daquele processo: a apreensão na África, a travessia atlântica, a segunda apreensão pelas autoridades de repressão ao tráfico, o recebimento do status de africano livre, o período de serviços e, finalmente, a emancipação. O recorte escolhido foi o tráfico entre a África Centro Ocidental e o Rio de Janeiro durante as décadas de 1830 e 1840, o que tornou necessário analisar períodos de serviços e emancipações nas décadas de 1850 e 1860. Para este fim, foram analisadas as mais diversas fontes, dentre elas listas de chegadas de africanos livres na costa do Rio de Janeiro, pedidos de emancipação feitos pelos mesmos, notícias de jornais, relatórios da Companhia da Estrada de Magé a Sapucaia, e processos de julgamentos de navios que foram capturados realizando o tráfico ilegal. Com este trabalho, pude analisar a presença centro-africana na região do Recôncavo da Guanabara, o cotidiano dos africanos livres na cidade do Rio de Janeiro e algumas das questões de gênero surgidas no momento de emancipação das africanas livres. Assim, predominou a preocupação com o impacto que a condição social de africano livre teve na vida cotidiana destas pessoas.