Ferrugem da Teca (Tectona grandis Linn F.) no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Savana Lemes lattes
Orientador(a): Brioso, Paulo Sérgio Torres lattes
Banca de defesa: Brioso, Paulo Sérgio Torres, Marques, Mônica Lau da Silva, Almeida, Fábio Souto de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
PCR
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13576
Resumo: Os povoamentos florestais de espécies exóticas no Brasil são utilizados no reflorestamento, na recuperação de áreas degradadas e na produção de madeira para fins comerciais promovendo desenvolvimento econômico e social. Estas espécies, assim como a Tectona grandis Linn F., são alvos de ataques de organismos patogênicos que reduzem sua produtividade. Nesse cenário, este trabalho teve como objetivo identificar o agente etiológico da “Ferrugem da Teca”, determinar a patogenicidade em diferentes espécies botânicas da família Lamiaceae e avaliar a incidência mediante variáveis climatológicas em Seropédica, estado do Rio de Janeiro. A caracterização morfológica foi realizada por meio de análise das estruturas fúngicas e permitiu identificar o fitopatógeno como Olivea tectonae (Racib.) Thirum. A análise molecular do fungo originou um amplicon de 600 pb. As mudas das distintas espécies inoculadas foram observadas e não apresentaram qualquer sinal ou sintomas do patógeno. O Postulado de Koch foi cumprido e confirmou-se a similaridade com O. tectonae, tendo como sinal pústulas contendo esporos amarelo alaranjados na face abaxial da folha, e sintomas como lesões cloróticas, necróticas e queima foliar. A incidência da doença aumentou, significativamente, ao longo do tempo nos meses de avaliação para os anos de 2018, 2019 e 2020. As correlações entre o Número de pústulas e a Velocidade do Vento, nos anos de 2018, 2019 e 2020 (rho=0,0608 e p-value=0,7667, rho=0,3321 e p-value=0,0761, rho=0,0605 e p-value=0,7339, respectivamente) foram positivas e não significativas, todavia, todas as correlações entre o Número de pústulas e a Temperatura do Ar foram negativas e significativas. Para o Número de pústulas e a Precipitação as correlações foram negativas, porém, apenas para os anos de 2019 (rho=-0,5744 e p-value=0,0009) e 2020 (rho=-0,3793 e p-value=0,0269) tiveram significância. Por fim, entre o Número de pústulas e a Umidade Relativa do Ar ocorreu significância somente para 2019 (rho=-0,4478 e p-value=0,0138). A precipitação, hipoteticamente, pode ter influenciado a germinação dos urediniósporos e iniciado o processo de infecção nas folhas de teca, além disso, é provável que a velocidade do vento tenha favorecido a disseminação dos esporos. É complexo encontrar métodos eficazes para o controle dessa patologia, já que não existem fungicidas registrados no país. Porém, diante dos resultados encontrados pode-se adequar o manejo da cultura a fim de diminuir o inóculo, conviver com a doença de forma estratégica para que o produtor tenha menos prejuízo, empregando métodos preventivos como a utilização de hiperparasitas.