Tuberculose em população carcerária do Estado do Rio de Janeiro: prevalência e subsídios para formulação de estratégias de controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Roma Sánchez, Alexandra Augusta Margarida Maria
Orientador(a): Camacho, Luiz Antonio Bastos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4572
Resumo: A tuberculose é um grave problema de saúde pública nas prisões do Rio de Janeiro. As estratégias recomendadas para o controle da TB em prisões, relativamente bem eselecidas para países industrializados onde a incidência de TB é menos elevada, não são claras para países de alta e média endemicidade como o Brasil. O objetivo desta tese é contribuir para a reformulação das estratégias de controle, especialmente no que se refere à detecção ativa de casos. Afim de melhor avaliar a situação epidemiológica, realizamos inquérito radiológico seguido de teste bacteriológico em três unidades prisionais (n=3014) que mostraram taxas de prevalência de 4,6 por cento, 6,3 por cento e 8,6 por cento, respectivamente, uma heterogeneidade que parece associada ao fato dos detentos serem alocados em função da comunidade de origem onde a freqüência de TB varia. Tendo como referência o método radiológico, avaliamos a performance de vários métodos de rastreamento baseados em elementos anamnésticos e clínicos (tosse>3semanas, escore proposto pela OMS, presença de ao menos um sintoma, escore desenvolvido a partir de nossos dados) com resultadosdecepcionantes. Baseados nestes estudos e em outros adicionais (epidemiológicos, biomatemáticos e psico-sociológico) dos quais participamos, propomos um conjunto de ações de luta contra a TB nas prisões que, em complemento às recomendações nacionais, incluimedidas específicas adaptadas ao contexto carcerário no que se refere especialmente à participação efetiva não só de detentos e profissionais de saúde, mas também de agentes de segurança penitenciária e outros membros da comunidade carcerária , estratégias detecção de casos no momento do ingresso na prisão e durante o encarceramento, acompanhamento individualizado do tratamento, vigilância epidemiológica. Sabemos entretanto, que esteprograma terá muito mais sentido se acompanhado da melhoria das condições de encarceramento e que sua aplicação implica em forte vontade política para que o direito dos detentos a saúde seja efetivamente respeitado