Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Loureiro, Adriana Maria
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Orientador(a): |
Sanchez, Sandra Barros
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12441
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Resumo: |
O debate sobre gênero tem, nos últimos anos, ocupado cada vez maior espaço, principalmente na área das Ciências Humanas e Sociais. Historicamente a mulher atravessou mudanças, chegando, hoje, a ocupar posições na sociedade dificilmente pensadas por suas avós ou mesmo mães. Partindo do pressuposto de que há uma construção social e histórica do gênero e que a educação tem papel fundamental neste processo, o objetivo deste trabalho é o de discutir a presença feminina no magistério do curso técnico em agropecuária no Colégio Técnico vinculado à UFRuralRJ (CTUR). Tradicional nicho masculino, com docentes em sua maioria formados em zootecnia, veterinária e agronomia, o curso de agropecuária do CTUR experimentou, nos anos de 1970, uma nova situação. Com a licenciatura em ciências agrícolas como um dos requisitos para formar o profissional do ensino nesta área do conhecimento, a mulher começou a ganhar espaço nas salas de aula do curso. Dessa forma, a questão que nos move é o debate em torno das relações dentro da escola a partir deste acontecimento. O referencial teórico tem como base os estudos de Jane Soares de Almeida, Guacira Lopes Louro, Cristina Bruschini, Amparo Blat Gimeno, entre outras. Curiosamente ou obviamente são mulheres falando de mulheres, mulheres pensando as questões femininas e buscando um novo entendimento para a nova sociedade em formação, com a mulher ocupando múltiplas funções, com múltiplas faces e múltiplos caminhos a seguir. Nesse sentido, a apresentação deste trabalho é dividida em quatro etapas. Na primeira, faremos algumas considerações sobre questões que envolvem o tema gênero e educação, fugindo ao estereótipo da mulher oprimida pelo homem castrador e fugindo, também, da visão simplificada de que discutir gênero é unicamente falar sobre mulher, assumindo que neste estudo as questões sobre gênero serão analisadas sob uma perspectiva das relações homem/mulher/educação travadas em nossas escolas e dentro do contexto social e histórico. Assim, analisaremos como se dá a construção de gênero em nossa sociedade, discutiremos o que é ser mulher neste mundo ocidental e faremos ainda um pequeno histórico sobre a escolarização feminina no Brasil. Depois discorreremos sobre a feminização do magistério no contexto educacional brasileiro, marcada por pensamentos sobre o magistério como vocação feminina, pois à mulher caberia formar os homens fortes da nação, seja no lar ou na escola e, consequentemente, sobre uma possível desvalorização da carreira. Na terceira parte, abordaremos a relação entre educação e trabalho feminino nos dias de hoje. Finalmente, chegaremos à situação do Colégio Técnico da UFRRJ, com a apresentação de um trabalho cuja metodologia utilizada é a da história oral, com relatos de ex-diretores, ex-alunos e ex-alunas, funcionários e da primeira mulher a lecionar no curso técnico em agropecuária nesta instituição. Tendo uma história de funcionária técnicoadministrativa na escola, esta professora cursou a licenciatura em ciências agrícolas na Universidade Rural, formou-se em 1974 e passou a exercer a função de docente, alterando o status quo e abrindo caminhos para outra vertente do trabalho feminino no campo. A fala desta mulher é um exemplo de que as vozes femininas, muitas vezes caladas ainda em nossas escolas, têm um caminho de superação recente. |