Reflexos do Amanhã: ocupações urbanas e resiliência social em Volta Redonda-Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barbosa, Ioná Souza lattes
Orientador(a): Miagusko, Edson lattes
Banca de defesa: Miagusko, Edson, Vieira, Flávia Braga, Soares, Paulo Célio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19640
Resumo: O presente trabalho explora as dimensões sociais, econômicas e políticas das ocupações urbanas em Volta Redonda, um município do Estado do Rio de Janeiro conhecido por sua histórica vinculação à indústria siderúrgica. Parte da investigação do processo de industrialização do espaço geográfico, movimento que culminará na organização e emancipação da cidade e percorre a análise pela sua trajetória como referência de município industrial, desde a fundação da usina até sua privatização e as consequências econômicas, políticas e sociais que a desestatização trouxe para a região. Na transversalidade deste viés histórico, este estudo aborda como as ocupações, em particular a denominada Reflexo do Amanhã, surgem como manifestações físicas e simbólicas da crise habitacional que afeta amplas parcelas da população urbana. Através de uma metodologia que combina observação participante, entrevistas semiestruturadas e análise de documentos oficiais, busca-se compreender as estratégias de sobrevivência, organização social e luta por direitos habitacionais adotadas pelos moradores da comunidade. O estudo também destaca a importância dos movimentos sociais e da solidariedade entre os ocupantes na resistência às tentativas de despejo e na negociação com o poder público para o reconhecimento de seus direitos. É feita também a análise do impacto da pandemia de Covid-19, que trouxe à tona vulnerabilidades existentes, mas também mobilizou redes de apoio mútuo e evidenciou a urgência de políticas públicas mais inclusivas e efetivas no campo da habitação. O caminho da conclusão busca sinalizar para a necessidade de um olhar mais humanizado e políticas habitacionais que reconheçam as ocupações urbanas não como problema, mas como expressões legítimas da busca por dignidade e cidadania no contexto urbano brasileiro.