Implicações da utilização de parâmetros humanos na detecção do gene mecA em Staphylococcus spp. isolados de mastite bovina e seus impactos na predição da resistência aos beta-lactâmicos em ambientes de produção leiteira. 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Melo, Dayanne Araújo de lattes
Orientador(a): Souza, Miliane Moreira Soares de lattes
Banca de defesa: Coelho, Shana Mattos de Oliveira, Marval, Márcia Giambiagi de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11948
Resumo: Staphylococcus aureus apresenta um alto nível de resistência antimicrobiana, especialmente aos beta-lactâmicos, o que favorece a sua persistência no rebanho. A detecção do gene mecA é considerado uma predição desta resistência. No entanto, evidências nas pesquisas, revelam que a detecção do gene mecA não desempenha um papel significativo em relação a isolados de estafilococos de origem bovina. O presente trabalho foi realizado para investigar a presença de um homólogo, mecALGA251 e para estudar as regiões conservadas do gene mecA, a fim de desenvolver primers mais específicos. A amostragem compreende 38 S. aureus isolados a partir do leite (bovino), dois Staphylococcus coagulase-negativo (ECN) de mãos e narinas de ordenhadores, e também dois isolados de S. sciuri e um S. lentus, isolados de cavalos. Uma cepa padrão ATCC 43300 isolada de humano foi utilizada como controle. A detecção fenotípica da resistência à meticilina foi realizada através das técnicas de Ágar “screen” com oxacilina e difusão em disco simples com cefoxitina. Foram realizadas PCRs para detecção dos genes mecA e mecALGA251. Foi encontrada resistência à oxacilina em 20 isolados de S. aureus e em cinco ECN nos ensaios fenotípicos, porém somente nos isolados do ECN, de origem humana e de cavalo, o gene mecA foi detectado. Isolados de bovinos mecA-negativos também deram negativo para gene mecALGA251. A elaboração de primers, baseada em sequências de diferentes regiões conservadas do gene mecA foi realizada em duas etapas distintas. Na primeira etapa, os primers foram sintetizados com base nas sequências de nucleotídeos do gene mecA de Staphylococcus spp. (HE681097) de origem humana. Só foi observada a amplificação com estes primers em isolados oriundos de ordenhadores e de cavalos, porém nos isolados de origem bovina, foi encontrado resultado positivo apenas para os primers mecAint1. Com os primers definidos na segunda etapa, baseados na seqüência do gene mecA de S. sciuri (AY820253) de origem bovina, foi possível a amplificação somente nos isolados provenientes de vacas leiteiras. Através da comparação da sequência do gene mecA, considerando as diferentes origens, bovina, humana e de cavalos, observou-se diferenças pontuais, porém, significativas nas sequências de nucleotídeos da região de anelamento do primer elaborado por Murakami et al. (1991), o que pode levar à falha de detecção do gene mecA em isolados de bovinos. Também foi analisada a presença de genes reguladores do sistema mec, não sendo possível esta detecção em isolados de origem bovina. Portanto, mais estudos são necessários para entender melhor como esse mecanismo funciona para estes isolados.