Membrana amniótica equina criopreservada aplicada em feridas cutâneas de cavalos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Marcos Vinicius Dias lattes
Orientador(a): Botteon, Paulo Landgraf
Banca de defesa: Botteon, Paulo Landgraf, Silva, Marta Fernanda Albuquerque da, Dória, Phillipe Bauer de Araújo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14177
Resumo: Os equinos são animais predispostos a sofrerem lesões cutâneas extensas, e mesmo sendo lesões comuns nesses animais, as feridas requerem conhecimento e cuidado especiais para alcançar um resultado bem-sucedido. Sendo assim, novos métodos de manejo de lesões se fazem necessários para auxiliar o profissional médico veterinário. Neste cenário, ressurge o uso da membrana amniótica, que é um dos biomateriais mais antigos utilizados na recuperação de tecidos. O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar a utilização da membrana amniótica equina (MAE) congelada indiretamente por meio do nitrogênio líquido e conservada entre -10° e -24°C como método auxiliar no tratamento de lesões cutâneas na região distal dos membros anteriores de equinos. Para tanto, foi realizado um estudo experimental, utilizando seis equinos, fêmeas, hígidas, com idades de 3 a 10 anos. A MAE foi coletada de éguas parturientes hígidas, previamente avaliadas. As feridas nas éguas do estudo foram feitas cirurgicamente nas extremidades distais dos membros anteriores, especificamente na região metacarpiana, sob anestesia local. Um dos membros foi escolhido como tratado, permanecendo o contralateral como controle. Foram avaliados os seguintes parâmetros macroscópicos e sensoriais, como: sensibilidade dolorosa à palpação digital ao redor da ferida; presença de tecido de granulação; secreções; e hemorragia após debridamento durante a limpeza. Os parâmetros avaliados microscopicamente foram: a integridade do epitélio, a organização do tecido conjuntivo, a presença de hemorragia, fibroplasia, hiperplasia epitelial, hiperqueratose, neovasos e os tipos celulares presentes. As avaliações foram realizadas nos dias 0, 3, 7, 14, 21, 28, e 63 a fim de padronizar os resultados estatísticos, visto que o fechamento completo da lesão em tempos diferentes para cada animal poderia afetá-los negativamente. O estudo concluiu que o tratamento com a MAE atingiu as expectativas esperadas, sendo um tratamento eficaz, simples e com custo relativamente baixo. Com isso, se comprova a hipótese defendida, de que o uso da MAE como método de auxílio e modulação do processo de cicatrização das feridas é vantajoso e eficaz para ser aplicado rotineiramente na clínica de equinos, pois promove uma rápida recuperação cicatricial, além de mais organizada histologicamente em comparação com o grupo controle, o que ficou comprovado pela maior neovascularização e melhor qualidade da fibroplasia, além de causar menor sensibilidade à dor e promover cicatrização mais rápida.