Imunomarcação dos componentes da matriz extracelular da membrana amniótica equina sob diferentes métodos de conservação e sua aplicação clínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rosa, Maurilio lattes
Orientador(a): Botteon, Paulo de Tarso Landgraf lattes
Banca de defesa: Botteon, Paulo de Tarso Landgraf lattes, Silva, Marta Fernanda Albuquerque da lattes, Carvalho, Vivian de Assunção Nogueira lattes, Andrade, Alexandre Lima de lattes, Pellizzon, Claudia Helena lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/16048
Resumo: Neste trabalho, buscou-se estabelecer e validar protocolos para coleta, preparo e preservação da membrana amniótica equina que possibilitem a obtenção de um biomaterial viável e livre de contaminação para utilização com fins terapêuticos. Foram testados e estudados os processos de preparo de três diferentes tipos de biomateriais, a membrana restituída de congelamento (AMNn), a membrana desidratada (AMNd) e a membrana descelularizada (AMNTx). Cada um desses materiais também foi caracterizado morfologicamente por imunofluorescência. Complementando o estudo, foi realizada a avaliação clínica pela utilização de cada biomaterial através do tratamento de reparo de lesões corneais em queratomalacia. O resultado do estudo dos processos de coleta, preparo e preservação, demonstrou ser eficiente para produção dos biomateriais. Os materiais AMNTx e AMNn foram os que demandaram mais recursos na sua produção e métodos de armazenamento. O biomaterial AMNd foi o que despendeu menores recursos de produção e armazenamento, demonstrando ser um material versátil capaz de ser utilizado em locais com pouca infraestrutura. Os resultados da caracterização morfológica por imunofluorescência de cada biomaterial culminaram com a comprovação da manutenção dos componentes laminina, fibronectina e dos colágenos I e IV na estrutura da maioria das amostras dos biomateriais estudados, com exceção da AMNd para colágeno I, que apresentou resultado inconclusivo. A avaliação dos tratamentos mostrou que a utilização desses biomateriais foi capaz de reduzir a formação de tecido cicatricial nas lesões. A comparação desses resultados também demonstrou que a membrana desidratada obteve o melhor desempenho clínico perante as membranas congeladas e descelurarizadas, quando observadas a quantidade de formação de tecido cicatricial, vascularização e área de córnea clara preservada. Essas informações obtidas tornam-se de suma importância, uma vez que estes biomateriais demonstraram que podem ser utilizados como bandagens curativas, servindo como arcabouço para migração, adesão, multiplicação celular, estímulo à angiogênese e controle da inflamação, durante o processo de cicatrização tecidual.