Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Clara de Almeida
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Orientador(a): |
Baroni, Francisco de Assis
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Banca de defesa: |
Baroni, Francisco de Assis
,
Paula, Claudete Rodrigues
,
Gandra, Rinaldo Ferreira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14098
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Resumo: |
Dentre as enfermidades infecciosas, no cão, as periodontopatias são as mais recorrentes, sendo descritas principalmente pelo acometimento por agentes bacterianos. Diversos estudos têm abordado os componentes bacterianos da cavidade oral do cão, porém, o mesmo não é visto para leveduras, mesmo já descritas como parte da microbiota oral, podendo promover distúrbios primários ou estabelecer desafios secundários. Sabe-se que as afecções orais refletem no estado geral do animal com diversas consequências, como dificuldade de alimentação e possibilidade de infecções ascendentes, evoluindo para um quadro sistêmico. Ademais, o aumento da proximidade dos cães com os humanos torna mais frequente a ocorrência de ferimentos por mordedura, sendo a identificação dos componentes da cavidade oral do cão importante para a elucidação de infecções dessa origem. A manifestação de infecções fúngicas depende de diversos fatores, tais como o desequilíbrio microbiológico e consecutiva diminuição da atividade competidora dos micro-organismos comensais, além de fatores de imunossupressão. A necessidade de elucidar os patógenos envolvidos nos distúrbios da microbiota oral do cão é crescente. A fim de ampliar conhecimentos, foram coletadas amostras de saliva em diferentes sítios da cavidade oral de cães, utilizando-se escovas dentárias previamente depositadas em tubos com salina estéril para posterior processamento e isolamento das amostras. Este estudo buscou a identificação de componentes leveduriformes da cavidade oral hígida e lesionada de cães e a avaliação dos fatores de virulência in vitro desses componentes, que foram submetidos aos testes de protease, fosfolipase e DNAse. Objetivou-se, além da contribuição para o bem-estar animal e saúde pública, a identificação de leveduras componentes da cavidade oral de cães, comparação da microbiota oral hígida e lesionada, avaliação da virulência in vitro dos isolados e auxílio no tratamento clínico terapêutico de afecções dessa origem. Para isso, o presente trabalho contou com amostras de 54 cães para o experimento, sendo 27 deles sem lesões na cavidade oral, pertencendo ao grupo 1 e 27 com lesões na cavidade oral, pertencendo ao grupo 2. Foram isoladas e identificadas 68 amostras com leveduras, compostas por 33 do grupo 1 (48,53%) e 35 do grupo 2 (51,47%), divididas em Malassezia pachydermatis (n= 24 / 35,29%), Geotrichum spp. (n= 11/ 16,18%), Candida glabrata (n= 6 / 8,82%), Complexo Candida albicans (n= 5 / 7,35%), Rhodotorula spp. (n = 5 / 7,35%), Candida lusitaniae (n= 4 / 5,88%), Candida krusei (n= 4 / 5,88%), Candida tropicalis (n= 3 / 4,41%), Candida famata (n= 2 / 2,94%), leveduras negras (n= 2 / 2,94%) e Trichosporon spp. (n = 2 / 2,94%). Posteriormente, 48 dessas amostras foram avaliadas quanto aos fatores de virulência, sendo 87,5% (42/48) das cepas capazes de produzir protease, 50% (24/48) das cepas com atividade enzimática de fosfolipase e 72,92% (35/48) produtoras de DNAse. Não houve diferença significativa estatisticamente na produção de protease, fosfolipase e DNAse entre os grupos de cães sem lesões e com lesões na cavidade oral |