Estudo morfológico (anatômico e histológico) do sistema tegumentar de Hydromedusa maximiliani (Mikan, 1820) (Testudines, Chelidae) e Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) (Testudines, Chelidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Novelli, Iara Alves lattes
Orientador(a): Pinheiro, Nadja Lima lattes
Banca de defesa: Castañon, Maria Christina Nogueira, Barbosa, Oscar Rocha, Mendes, Rosa Maria Marcos, Oliveira e Paula, Sthefane D'ávila de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9224
Resumo: Os quelônios empregam sinais táteis, visuais, olfativos e químicos durante as interações sociais. A comunicação usando sinais químicos pode ter uma importância maior na orientação espacial e comportamento sexual exibidos pelos quelônios durante o período reprodutivo. São inexistentes os estudos histológicos e morfológicos dos apêndices tegumentários das espécies de quelônios brasileiros, como Hydromedusa maximiliani e Phrynops geoffroanus. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos descrever e comparar morfológica e histologicamente os anexos tegumentares de duas espécies brasileiras de cágados pertencentes à Família Chelidae. Para esse estudo foram utilizados espécimes adultos de H. maximiliani (dois machos e duas fêmeas) e P. geoffroanus (quatro machos e quatro fêmeas), totalizando 12 espécimes, provenientes da Coleção Herpetológica do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Juiz de Fora Foi realizada a análise da superfície externa da região do pescoço, cabeça e da região mentoniana. Os animais foram dissecados sob microscópio estereoscópico para retirada de amostras da epiderme e derme das regiões da cabeça e pescoço. Para análise microscópica foram realizados as técnicas de rotina utilizadas nos estudos de histologia. Em P. geoffroanus a camada queratinizada da epiderme é mais espessa quando comparada com a mesma camada na epiderme de H. maximiliani. Foi observado em P. geoffroanus e H. maximiliani que essas regiões podem apresentar invaginações da epiderme com o desprendimento das camadas mais externas de queratina. O estudo histológico e histoquímico realizado nos cortes da epiderme de ambas espécies de, não evidenciou a presença da glândula submandibular. O método de PAS não mostrou a presença de mucopolissacarídeos neutros nessa região submandibular, que são produtos que fazem parte das secreções produzidas por glândulas exócrinas. Nesse estudo observou-se que as barbelas presentes em P. geoffroanus são apêndices tegumentares cilíndricos presentes na região posterior da sínfise mandibular, que ocorrem aos pares, constituindo-se de epiderme e derme, e com grande concentração de terminações nervosas. No presente estudo, os espécimes de P. geoffroanus macroscopicamente apresentaram tubérculos de forma cônica, raramente pontiagudos, e também de formato verrucoso, visíveis na região dorsal e lateral desde a parte anterior até a parte posterior do pescoço, não estando presentes na região ventral do pescoço, que apresenta ranhuras, estrias e depressões da epiderme. No presente estudo não foram observadas diferenças morfológicas e histológicas em relação aos tubérculos quando comparados por sexo. Em H. maximiliani os tubérculos estão distribuídos de forma irregular nas regiões laterais e dorsais do pescoço, estando ausentes na região da cabeça e na região ventral do pescoço. Apresentam formato pontiagudo e de tabuleiro, diferente do que foi observado nos espécimes de P. geoffroanus. Os tubérculos presentes nas duas espécies estudadas são diferentes em termos macroscópicos, mas todos apresentam uma disposição aleatória e estão também ausentes na região ventral do pescoço. Para os dois tipos de anexos do tegumento (tubérculos, barbelas) analisados nesse estudo, verificou-se que não existe diferença entre os sexos.