Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Priscila Iglesias
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Orientador(a): |
Moreira, Roberto José
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Banca de defesa: |
Ashley, Patrícia Almeida,
Irving, Marta de Azevedo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15666
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Resumo: |
Este trabalho busca elucidar o campo do diálogo entre empresas e comunidades impactadas por suas atividades, subsidiando proposições a respeito. O tema é desvendado a partir da problematização metodológica, da análise de documentos nacionais e internacionais que são referências no âmbito da responsabilidade social empresarial e da apreciação crítica de uma iniciativa que buscou promover o diálogo entre uma empresa e pescadores artesanais que precisaram compartilhar o uso do espaço marítimo. A contextualização do tema apresenta que a prática do diálogo entre empresas e comunidades está relacionada à atuação da empresa no campo da responsabilidade social empresarial. Este ganhou importância no Brasil nas últimas décadas por responder a demandas da sociedade por ética e transparência nos negócios, e por compor a estratégia empresarial para a valorização da marca e a manutenção de uma boa reputação. O conceito de responsabilidade social empresarial se modificou ao longo tempo, sendo entendido, atualmente, como a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente. As demandas sociais mencionadas fazem parte do contexto atual do país, no qual se discutem, em diversos espaços (acadêmico, governamental, empresarial, científico) práticas voltadas para a promoção do equilíbrio ambiental, justiça social e sustentabilidade econômica, premissas do desenvolvimento sustentável, termo sobre o qual se discorre ao longo deste trabalho. Em relação às conclusões deste estudo, a revisão da literatura, a experiência prática desta pesquisadora e a apreciação do caso apresentado permitem afirmar que a prática do diálogo se mostra uma proposta pertinente por refletir os princípios democráticos, fortalecendo a organização social, e por oportunizar a geração de projetos empresariais de maior qualidade, a partir de sua construção com participação social. No entanto, muitos desafios se interpõem neste caminho. Um deles encontra-se expresso no resultado da análise dos documentos relacionados à responsabilidade social. Observou-se que a prática do diálogo está presente nos referenciais, mas de forma vaga, frágil e sem uma orientação objetiva a respeito. Dentre os outros pontos frágeis apontados estão o fato do processo de participação social em si não estar consolidado no país e das empresas ainda não estarem se dedicando devidamente ao tema, sendo raro encontrar, por exemplo indicadores voltados para a avaliação deste aspecto. O maior desafio, contudo, é a assimetria de poderes entre a empresa e a comunidade. A empresa detém maior poder econômico, está organizada e possui, freqüentemente, apoio político para a realização de suas atividades. A comunidade, por vezes, apresenta pouca organização social e não tem seus direitos básicos garantidos. Neste cenário, é bastante provável que o diálogo seja prejudicado, não correspondendo às idéias de troca, cooperação e aprendizado contidas na noção de diálogo apresentada neste estudo. As mudanças neste quadro não cabem somente à empresa e à comunidade, mas são de responsabilidade do Estado, das organizações nãogovernamentais, representações de classe, escolas e universidades, e demais atores sociais. Portanto, ao pensar o diálogo entre empresa e comunidade é preciso enxergar a prática como um ponto dentro de um objetivo maior que é o fortalecimento da gestão democrática. |