Modelos petrogenéticos e geodinâmico para o magmatismo da fase pós-rifte da Bacia de Santos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Scribelk, Leilane Souza lattes
Orientador(a): Valente, Sérgio de Castro lattes
Banca de defesa: Valente, Sergio de Castro lattes, Vieira, Artur Corval lattes, Santos, Anderson Costa dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Modelagem e Evolução Geológica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18250
Resumo: Seis seções de rochas magmáticas intercaladas com coquinas foram amostradas ao longo da perfuração do poço X na Bacia de Santos. Amostras laterais destas seções magmáticas foram estudadas por meio de uma metodologia dividida em três etapas principais: (1) análise de perfil composto, (2) petrografia e (3) litogeoquímica. As seções magmáticas foram interpretadas como uma sucessão de derrames de basaltos alcalinos miaskíticos, o que implica em contemporaneidade com as coquinas da megasequência pós-rifte da Bacia de Santos. A modelagem geoquímica mostrou que os basaltos das diferentes seções não são cogenéticos por processos de diferenciação, à exceção da seção basal, o que indica que os derrames foram extravasados a partir de diferentes centros emissores. Modelos de fusão parcial em equilíbrio modal mostraram que magmas parentais podem ser gerados a partir de diferentes quantidades de fusão parcial a partir de uma mesma fonte fértil na zona de estabilidade da granada. No entanto, isto só seria possível considerando-se os extremos do espectro de fusão parcial necessário à formação de magmas basálticos alcalinos. Por isso, a derivação, a partir de fontes distintas, deve ser uma possibilidade a ser considerada na petrogênese dos basaltos alcalinos estudados. Modelos de mistura binária mostram que nem o manto litosférico subcontinental nem o manto empobrecido contribuíram para a petrogênese desses basaltos alcalinos, tendo os dados litogeoquímicos indicado um papel fundamental da fusão da cauda da pluma de Tristão da Cunha. Em conjunto, a petrogênese dos basaltos alcalinos permite elaborar um modelo geodinâmico para o magmatismo pós-rifte da Bacia de Santos em que a cauda da pluma de Tristão da Cunha funde sob uma crosta continental muito afinada. Esta crosta não consegue sustentar câmaras magmáticas de longo tempo de residência, tornando improvável a assimilação crustal concomitante à cristalização fracionada dos magmas parentais. Os modelos petrogenéticos e geodinâmico implicam numa Moho elevada e posicionamento da Bacia de Santos sobre um manto anomalamente aquecido durante o Aptiano. Os dados petrofísicos de perfis do poço foram avaliados qualitativamente com o objetivo de associá-los às características petrográficas (composicionais, texturais e estruturais) das rochas amostradas pelo poço. Diferentes valores de raios gama, resistividade, sônico, porosidade de nêutrons e densidade aparente podem estar associadas principalmente às variações estruturais, tais como brechação e tamanhos e quantidades (ou ausência) de amígdalas.