Carbono orgânico total como marcador para a avaliação tecnoestratigráfica em bacias rifte : estudo de caso na Bacia do Recôncavo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Horta Junior, Luis Filipe Furtado
Orientador(a): Küchle, Juliano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/258836
Resumo: A estratigrafia de sequências tem sido aplicada na exploração de óleo e gás nos ultimos 40 anos e foi adaptada a praticamente todos os tipos de bacia. As bacias rifte são interpretadas com base no modelo de tratos de sistemas tectônicos que definem eventos evolutivos previsíveis. Esse tipo de bacia está geralmente associada com ricas rochas geradoras, sendo a matéria orgânica intimamente relacionada com os sistemas deposicionais e controles sedimentológicos, que se ligam diretamente ao sistema de tratos tectônicos. Na Bacia do Recôncavo (Braço falhado da quebra do Gondwana, formada entre o Neo-Jurássico- Aptiano) a grande quantidade de dados de geoquímica orgânica disponível, permite desvendar a conexão entre a matéria orgânica e os tratos de sistema tectônicos em bacias rifte. No Membro Tauá, durante o trato de sistema tectônico de desenvolvimento de meio-gráben, é visto um padrão de incremento de carbono orgânico total (COT) para o topo, terminando na camada mais rica em COT do período tectonicamente ativo da bacia. Esse padrão indica aumento da sinergia entre os fatores de produtividade primária e potencial de preservação da matéria orgânica. O trato de sistema de clímax de rifte é caracterizado pela constante diminuição em direção ao topo dos valores de COT. A interpretação indica que a produtividade primária cai devido a uma reforçada estratificação das camadas mais profundas da coluna de água do lago. A última subdivisão estratigráfica é a o trato de sistema tectônico de final de rifte, e neste o padrão se torna mais caótico, com o dado geoquímico indicando pelo menos uma subdivisão interna. Essa subdivisão foi nomeada de superfície interna de final de rifte e é caracterizada pelos maiores valores de COT da bacia. Nesse caso, com o raseamento do lago, as condições para criação de matéria orgânica, deposição e preservação se tornam mais similares com as do final do Membro Tauá. O modelo aqui proposto integra análise de dados de COT e dados de poço com o padrão estratigráfico de uma bacia rifte permitindo a identificação de marcos e reconhecimento de padrões que caracterizam os tratos de sistema tectônico em bacias rifte. Além disso, os padrões de COT caracterizados e sua interpretação, podem ser utilizadas em outras bacias tectonicamente controladas e em interpretações paleoambientais de lagos continentais.