Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lacaz, Letícia Matias
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Orientador(a): |
Tabai, Katia Cilene
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Banca de defesa: |
Tabai, Katia Cilene
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Castro, Fernanda Travassos de
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Pereira, Alessandra da Silva
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18665
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Resumo: |
A pandemia de Covid-19, decretada em março de 2020, se estendeu até maio de 2023 e afetou diretamente o acesso da população brasileira à alimentação adequada, característica da Segurança Alimentar e Nutricional, que é definida no Brasil através da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional. A acentuação das desigualdades no Brasil ditou a forma de isolamento social, solução encontrada pelo Governo e pela Organização Mundial de Saúde – OMS – para combater a Covid-19, dos brasileiros. Em 2021 no Brasil, momento em que esta pesquisa ocorreu, 33,1 milhões de pessoas se encontravam em situação de Insegurança Alimentar Grave. Esta pesquisa abordou de maneira descritiva e quali-quantitativa o perfil de consumo alimentar de brasileiros durante a pandemia de Covid-19. Este estudo é um recorte da pesquisa de Pós-Doutorado intitulada “Pandemia de Covid-19 no Brasil: Impactos na Alimentação, Saúde e Meio-Ambiente”, aprovada em abril de 2021 pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), sob protocolo 4.669.302. Obtiveram-se 395 respostas válidas de brasileiros residentes das cinco regiões do Brasil, convidados por meio eletrônico a responder um formulário que contou com perguntas relacionadas ao tipo de alimentação, frequência alimentar e ingestão de determinados alimentos. Foi constatado que, apesar dos brasileiros terem passado a se alimentar mais durante a pandemia (31,9%), eles mantiveram seus hábitos alimentares neste período e compraram alimentos que priorizavam o tempo de prateleira. Os indivíduos se alimentaram de comfort foods (22,53%) e alimentos de delivery (71,9%). A alteração na alimentação dos participantes, com ênfase no consumo de comfort foods, delivery de alimentos e o consumo de alimentos cárneos pela maioria dos indivíduos, apresentou uma prática alimentar pouco sustentável, em um momento no qual o Brasil e o mundo passavam por uma situação emergencial, indo contra a proposta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil. As mulheres constituíram a maioria dos indivíduos flexitarianos/vegetarianos (23,6%) e vegetarianos estritos (12,7%). Os indivíduos, em sua maioria, priorizaram o consumo diário de frutas e hortaliças (20% consumiu frutas e hortaliças três vezes ao dia), como preconiza o Guia Alimentar para a População Brasileira. Espera-se que esta pesquisa possa servir como bibliografia para futuros estudos sobre o perfil de consumo alimentar de brasileiros durante a pandemia de Covid-19 e que o e-book desenvolvido sirva como meio de comunicação com a população e consequente compartilhamento de conhecimento. |