Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Camilo, Tays Araujo
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Orientador(a): |
Santos, Huarrisson Azevedo
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Banca de defesa: |
Santos, Huarrisson Azevedo
,
Silva, Claudia Bezerra da
,
Santos, Tiago Marques dos
,
Cunha, Nathalie Costa da
,
Campos, Artur Kanadani
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9583
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Resumo: |
As piroplasmoses caninas são causadas por hemoprotozoários transmitidos por carrapatos pertencentes as famílias Babesiidae e Theileriidae e que geram prejuízos a saúde dos cães. No Brasil existem descrições da ocorrência das espécies Babesia gibsoni, Rangelia vitalii e Babesia vogeli, sendo essa última a espécie mais prevalente em cães. Por meio das geotecnologias obtém-se a distribuição espacial de casos de piroplasmose em cães, através do mapeamento de informações de importância epidemiológica, tal como fatores associados à infecção por B. vogeli, tanto bióticos quanto abióticos. Logo, contribuindo com a elaboração de ações de controle e prevenção mais efetivas. O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo epidemiológico transversal de 12 meses com cães domiciliados do estado do Rio de Janeiro, nos munícipios de: Barra do Piraí e Paracambi, com altitude abaixo de 600 metros e Petrópolis e Teresópolis, acima de 600 m. A detecção de DNA dos piroplasmas foi realizada através da reação de Nested-PCR, seguida de purificação e sequenciamento das amostras positivas. Também foi realizado o georreferenciamento de todos os locais de coleta de amostras dos animais e os casos positivos foram analisados quanto a distribuição espacial por meio do mapa de Kernel no software QGIS e a investigação de autocorrelação espacial dos casos positivos pelo software GeoDa. A análise epidemiológica foi realizada pelo cálculo do Qui-quadrado ou teste Exato de Fisher com 95% de confiabilidade. A Regressão logística foi realizada pelo método de Wald com ―cut-off‖ de 0,1. Foi realizada análise de entropia da sequência 18SrDNA de B. vogeli, análise filogenética e a distância evolutiva entre sequências de B. vogeli do mundo. Foi encontrada uma prevalência absoluta de cães positivos de 7,9% (n=36/456), que após a análise filogenética evidenciou unicamente a espécie B. vogeli, com percentual de identidade variando entre 99,9% a 100% tanto entre as sequências do estudo quanto com B. vogeli de outros países. Quanto à distribuição espacial dos casos positivos, o mapa de kernel evidenciou a região abaixo de 600m de altitude com maior frequência de casos, corroborando com o resultado encontrado na regressão logística, que mostrou a associação da altitude abaixo de 600m (p=0,04; IC: 1,03-5,007; OR: 2.29) com cães positivos para B. vogeli. O período chuvoso (p= 0.01; IC: 1.20-5.01; OR: 2.45) e a infestação por Rhipicephalus sanguineus (p=0,02; IC: 1.14-5.38; OR: 2.47) também foram variáveis associadas com a presença de DNA de B. vogeli em cães. Por meio do Índice de Moran de Autocorrelação espacial local (LISA) foi possível verificar que há correlação espacial entre altitude e casos positivos (Moran‘s l: -0,605, pseudo p-valor 0,001) e altitude e presença de carrapatos (Moran‘s l: 0,222, pseudo p-valor 0,046). Na análise de entropia, a região V4 da sequência 18SrRNA de B. vogeli foi a que apresentou maior variabilidade, no entanto, a matriz evolutiva de distâncias identificou variação de 0 a 0,007, com média de 0,001, permitindo observar homogeneidade genética entre as sequências do estudo. Este estudou contribuiu com a aquisição de informações epidemiológicas de fatores abióticos ambientais diretamente relacionados a infecções por B. vogeli em cães em municípios com diferentes gradientes de altitude no estado do Rio de Janeiro. A exposição dos dados através dos mapas temáticos e análise espacial dos casos positivos favorecem a ampliação de dados epidemiológicos que podem auxiliar em posteriores protocolos preventivos e de controle desta doença nas regiões estudadas |