Avaliação do perfil glicídico e da biologia reprodutiva de Biomphalaria glabrata (Mollusca) experimentalmente co-infectada por Angiostrongylus cantonensis (Nematoda) e Echinostoma paraensei (Trematoda)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bonfim, Tatiane Cristina dos Santos lattes
Orientador(a): Silva, Jairo Pinheiro da
Banca de defesa: Silva, Jairo Pinheiro da, Brandolini, Solange Viana Paschoal Blanco, Mota, Ester Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11985
Resumo: A interação entre hospedeiros intermediários e helmintos pode causar alterações metabólicas e reprodutivas no molusco hospedeiro, que começam a usar suas reservas para manter as funções vitais, na elaboração de resposta imunológica e reparação de danos teciduais e também para compensar a drenagem de nutrientes/energia pelos parasitos em desenvolvimento. Investigações sobre as co-infecções por helmintos de espécies diferentes podem fornecer informações essenciais sobre a biologia da sua co-existência, refletindo aspectos mais próximos àqueles que encontramos em condições naturais. Nossos objetivos foram investigar as alterações reprodutivas, avaliar a atividade da lactato desidrogenase e as concentrações de glicose na hemolinfa e glicogênio no complexo glândula digestiva-gônada e massa cefalopediosa, e também verificar alterações histológicas e histoquímicas de Biomphalaria glabrata experimentalmente co-infectados com Echinostoma paraensei e Angiostrongylus cantonensis. Cinco grupos de moluscos (não infectados, com infecções simples (Echinostoma paraensei ou Angiostrongylus cantonensis) e dupla, seja E. paraensei primeiro (E + A) ou A. cantonensis primeiro (A + E)) foram acompanhados; três vezes por semana durante quatro semanas o número de massas de ovos, número de ovos e número de moluscos eclodidos foram contados. Amostras para a análise histológica e histoquímica do ovoteste, glândula do albúmen, complexo glândula digestiva e massa cefalopediosa foram coletadas após quatro semanas, assim como amostras para a análise bioquímica. O número de massas de ovos/molusco, ovos/molusco e moluscos eclodidos dos moluscos infectados apresentaram diferenças significativas quando comparados com o grupo controle, especialmente no grupo E + A, cuja a maioria dos valores dos parâmetros analisados foi inferior a 50% dos valores observados para os moluscos controle. Um decréscimo significativo nos níveis de glicose e de glicogênio, em contraste com um aumento de atividade da lactato desidrogenase foi observado nos exemplares infectados. Estes resultados indicam que a demanda de energia intensa leva o molusco infectado ao aumento da degradação anaeróbia de carboidratos para obtenção de energia em uma taxa compatível com o aumento da demanda energética, numa tentativa de manter a homeostase glicêmica. As análises histológicas e histoquímicas mostraram que a presença de ambos os parasitos nos órgãos analisados associados com intensa desorganização celular.