Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Brena Gava
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Orientador(a): |
Scott, Fabio Barbour
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Banca de defesa: |
Scott, Fabio Barbour
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Klafke, Guilherme Marcondes
,
Monteiro, Caio Marcio de Oliveira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20501
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Resumo: |
Responsável por afetar a atividade pecuária com perdas econômicas em decorrência do seu parasitismo, a mosca-dos-chifres, Haematobia irritans, é literalmente irritante para os bovinos, pois suas picadas incessantes interferem no ganho de peso e na qualidade do couro, o que prejudica diretamente a produção de leite e de carne. Esses fatores afetam a saúde e o bem-estar desses animais, sendo indispensável o controle deste ectoparasito, feito por muito tempo de forma indiscriminada com inseticidas sintéticos, causando resistência das moscas a alguns desses fármacos. No intuito de diminuir o uso dessas moléculas sintéticas e assim, reduzir danos aos animais, humanos e ao ambiente, uma alternativa é a utilização de óleos essenciais (OEs) com amplo espectro de ação inseticida, porém, poucos OEs foram testados contra H. irritans. Por isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade inseticida dos OEs de Eugenia caryophyllus (cravo-da-índia), Cinnamomum cassia (canela cássia), Thymus vulgaris (tomilho branco) e Illicium verum (anis estrelado) sobre moscas adultas de H. irritans, além de determinar seus valores de concentração letal (CL): CL50 e CL90. Os OEs foram obtidos comercialmente e seus constituintes foram determinados através de cromatografia gasosa, sendo os majoritários respectivamente: eugenol, (E)-cinamaldeído, timol e ocimeno, e (E)-anetol. Os espécimes oriundos de bovinos naturalmente infestados da área de campo do Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária (LQEPV) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) foram expostos a discos de papel filtro (63,62cm2) impregnados com diferentes concentrações dos OEs em placas de Petri (90x15mm). As avaliações da mortalidade das moscas foram feitas 2 e 4 horas após a exposição. As concentrações que resultaram em 100% de mortalidade na avaliação de 2h foram de 11,79 e 15,72 μg/cm2 para E. caryophyllus; 39,30 μg/cm2 para C. cassia, 47,15 μg/cm2 para T. vulgaris e 235,77 μg/cm2 para I. verum. E na avaliação de 4h de 15,72 μg/cm2 para E. caryophyllus, 15,72 e 39,30 μg/cm2 para C. cassia, 31,44 e 47,15 μg/cm2 para T. vulgaris, e 157,18 e 235,77 μg/cm2 para I. verum. As CL50 e CL90 foram calculadas estatisticamente por meio da análise Probit pelo programa RStudio Team Software com intervalo de confiança de 95% (p≤0,05). As CL50 dos óleos em 2 e 4h foram: 5,04 e 5,27 μg/cm2 para E. caryophyllus, 8,57 e 5,03 μg/cm2 para C. cassia, 18,57 e 14,08 μg/cm2 para T. vulgaris e 83,91 e 71,88 μg/cm2 para I. verum. Já as CL90 em 2 e 4h foram: 11,71 e 10,03 μg/cm2 para E. caryophyllus, 19,26 e 11,22 μg/cm2 para C. cassia, 27,41 e 18,80 μg/cm2 para T. vulgaris e 132,78 e 101,30 μg/cm2 para I. verum. Com exceção da CL50 do OE de E. caryophyllus, todas as CLs após as 4h de exposição reduziram. Apesar disso, o óleo que apresentou melhor resultado foi o OE de E. caryophyllus, seguido dos OEs de C. cassia, T. vulgaris e I. verum. Concluiu-se, portanto, que todos os óleos avaliados apresentaram atividade inseticida in vitro contra a mosca H. irritans. |