Desenvolvimento e caracterização de sistema de liberação controlada contendo piriproxifen para controle de formas imaturas de haematobia irritans em bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alves, Melina Cardilo Campos lattes
Orientador(a): Cid, Yara Peluso lattes
Banca de defesa: Cid, Yara Peluso, Oliveira, Renata Nunes, Azevedo, Thais Ribeiro Correia, Andrade, Diego Fontana de, Futuro, Debora Omena
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19761
Resumo: Haematobia irritans é considerada a principal praga para a pecuária no Brasil e causa perdas econômicas à indústria pecuária mundial. Novas estratégias de controle baseiam-se em compostos mais seguros, como a classe dos reguladores de crescimento de insetos (IGRs), análogos aos hormônios juvenis, que inibem o desenvolvimento dos insetos. A eficácia oral do piriproxifen permite o desenvolvimento de formulações que garantam a segurança e extensão da ação farmacológica. Este estudo teve como objetivo desenvolver um Dispositivo Retículo-Rúmen (DRR) à base de piriproxifen, composto por filmes de poli(vinil)álcool (PVA) e carboximetilcelulose sódica (NaCMC) para controle da mosca dos chifres em bovinos. Os filmes foram obtidos pelo método de solvente casting por reticulação PVA/NaCMC. Foram submetidos à caracterização físico-química, variação de peso e medição de pH, teste do grau de inchamento (GI), determinação do teor do ativo, ensaio de liberação in vitro, análise de difração de raios X (DRX), espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), calorimetria de varredura diferencial (DSC) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os filmes foram submetidos individualmente à medição de variação de peso (n=3), com valor médio de 0,446 ± 0,02 mg e apresentaram valores de pH de 6,5 ± 0,09, próximos ao pH ruminal (6,5-7,5). O GI prevê a capacidade de absorção do filme no intervalo de tempo, e foi obtido 331,40% de capacidade de absorção. O método analítico por CLAE_UV determinou o teor do ativo nos filmes e o valor obtido foi de 104,81%. Os resultados de liberação in vitro sustentaram um perfil de liberação lenta, indicando cinética de pseudo-primeira ordem. A análise FTIR elucidou as bandas características de PVA, NaCMC e piriproxifen e demonstrou a ausência do fármaco após a liberação. As imagens de MEV mostraram alterações na distribuição de porosidade das amostras após a adição de piriproxifen, e a análise de DRX mostrou aumento na cristalinidade devido à presença de piriproxifen (Xc de 36,59%). A análise térmica elucidou que o piriproxifen sua liberação alteraram o empacotamento da cadeia polimérica, com valores de Tg de 74 ºC e Tm de 208 °C. O DRR à base de piriproxifen desenvolvido, além de cumprir as características de liberação prolongada, permite ser enrolado (forma comprimida) facilitando a deglutição e posterior conversão para a forma expandida que fica retida no rúmen durante todo o período de tratamento.