Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Leonardo Almeida
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Orientador(a): |
Araújo, Francisco Gerson
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Banca de defesa: |
Araújo, Francisco Gerson
,
Manna, Luisa Resende
,
Camara, Ellen Martins
,
Mendonça, Helaine da Silva
,
Azevedo, Márcia Cristina Costa de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10802
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Resumo: |
Compreender os padrões e processos que levam à distribuição das espécies no ambiente é essencial para fazer previsões visando proteger os ecossistemas e facilitar a exploração racional dos recursos, sendo uma das questões mais importantes em estudos de ecologia aplicada. O presente estudo teve como objetivo avaliar a diversidade taxonômica e funcional da ictiofauna em um ambiente tropical costeiro semifechado e detectar eventuais mudanças espaciais influenciando a diversidade dos peixes. Nós também tentamos associar diferenças nas assembleias de peixes com o gradiente de influência marinha considerando três zonas da Baía de Sepetiba (interna, central e externa). As amostragens de peixes, utilizando arrastos de fundo padronizados, e a concomitante medida de variáveis ambientais, foram realizadas seguindo um modelo padronizado nas três zonas e quatro estações do ano, visando comparações espaciais e temporais. Dezessete medidas morfológicas quantitativas dos 5 a 6 peixes adultos de cada espécie foram mensuradas para a determinação de 15 atributos funcionais relacionados à aquisição de alimentos e locomoção. Três índices de diversidade taxonômica (Shannon, Simpson e Pielou) e seis índices de diversidade funcional (riqueza, equitabilidade, divergência, dispersão, originalidade e especialização) foram utilizados. A transparência e profundidade da água foram maiores na zona externa comparadas com a zona interna, enquanto o pH (menor no inverno), salinidade (maior no verão comparado com a primavera) e temperatura (maior no verão) variaram sazonalmente. Um aumento da riqueza de espécies e uma concomitante diminuição da abundância e biomassa de peixes foram observados da zona interna para a zona externa, com a estrutura das assembleias de peixes diferindo entre as três zonas. Os índices de diversidade taxonômica de Shannon e Pielou foram maiores na zona externa, enquanto a dominância de Simpson foi maior na zona interna, e não diferiram entre as estações do ano. Foram distinguidos seis grupos funcionais, com um deles (bagres marinhos) muito abundante, predominando na zona interna, e contribuindo para diminuir a divergência. Por outro lado, um grupo muito diverso (riqueza) foi predominante na zona externa, contribuindo para aumentar a redundância nesta área. A maioria dos índices funcionais foram maiores na zona externa, exceto originalidade e especialização funcional, confirmando a maior redundância de vii atributos funcionais nesta zona. No entanto, diferenças significativas foram encontradas apenas para a Divergência Funcional que foi menor na zona interna, indicando que as espécies menos abundantes apresentam atributos mais especializados. Devido a menor redundância dos atributos funcionais, especialmente em espécies pouco abundantes, a zona interna deve ser priorizada em políticas de conservação pois a perda de espécies poderia afetar os papeis ecossistêmicos por elas desempenhadas, garantindo assim a preservação das características funcionais bem como o uso sustentável dos recursos disponíveis. |