Helmintíases gastrintestinais em bovinos de raça leiteira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1981
Autor(a) principal: Lima, Milton Morais de
Orientador(a): Freire, Nicolau Maués da Serra lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11766
Resumo: A prevalência de helmintos gastrintestinais em bovinos de raças leiteiras, de diferentes faixas etárias e diversos graus de sangue, foi estudada em regiões selecionadas dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, paralelamente, foram comparadas duas técnicas de contagem de ovos nas fezes, foi estudada a prevalência de helmintos gastrintestinais em vacas em lactação e foi avaliada a influência do tratamento anti-helmíntico sobre a produção de leite. Foram utilizados 36 bezerros holando-zebu, provenientes de cruzamentos entre as raças Holandês Vermelho e Branco (HVB) e Guzerá, criados na Estação Experimental Santa Mônica (EMBRAPA), no município de Valença, RJ. Foram compostos seis grupos de seis bezerros, cujos graus sangüíneos eram, em cada grupo, HVB, 7/8 HVB, 3/4 HVB, 5/8 HVB, 1/2 HVB e 1/4 HVB. Amostras de fezes, colhidas semanalmente, desde o nascimento até aproximadamente o sexto mês de idade, diretamente da ampola retal de cada animal, foram examinadas segundo a técnica de Whit- 54 lock (1948), fazendo-se coproculturas segundo ROBERTS & O'SULLIVAN (1950) e identificando-se os gêneros, de acordo com KEITH (1953). A média semanal de OPG de nematóides gastrintestinais demonstrou a ocorrência de dois picos de OPG, um no 3º mês de idade e outro no 4º, ambos com predominância de Cooperia, seguida por Haemonchus. Os bezerros HVB e 3/4 HVB revelaram maiores cargas de helmintos gastrintestinais que os outros graus de sangue testados. Foram comparadas a técnica McMaster e a centrífugoflutuação em açúcar (COX & TODD, 1962) modificada, para o diagnóstico e contagem de ovos de helmintos, em 100 amostras fecais de bovinos adultos, detectando a primeira apenas 30% de infec- ção, enquanto a última técnica alcançou detecção de 95% de infecção. Para a estimação da prevalência de helmintos gastrintestinais em vacas leiteiras, foram colhidas, do reto, amostras de fezes de 845 vacas criadas em 25 fazendas situadas nos Estados de São Paulo (17) e do Rio de Janeiro (8), as quais foram examinadas segundo a técnica CFA modificada, para contagem de ovos, fazendo-se coproculturas para identificação dos vários gêneros de nematóides gastrintestinais. A prevalência de nematóides gastrintestinais foi de 72,7%, enquanto que para cestóides foi de 3,3%; o número de ovos/5g de fezes oscilou entre 0 e 1.179. Foram identificados em ordem decrescente, os gêneros Cooperia, Trichostrongylus, Haemonchus, Trichuris e Oesophagostomum. Moniezia também foi encontrada. 55 A importância do tratamento anti-helmíntico em vacas em lactação foi estudada em 370 vacas de uma fazenda situada no município de Três Rios, RJ; as vacas tratadas (174 animais) receberam dose única de 5 mg/kg de peso vivo de produto à base de albendazole. A produção de leite das vacas tratadas superou a das vacas controle (196 animais) em 69 g, 539 g e 1.125 g de leite/vaca/dia, respectivamente aos 30, 60 e 90 dias após o tratamento, e esses aumentos de produção foram estatisticamente significativos a nível de p<0,01 calculados pelo teste "Student's t".