Atividade enzimática micelial e conidial de isolados de Metarhizium anisopliae s.l. e virulência para Rhipicephalus microplus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Freitas, Maria Clemente de lattes
Orientador(a): Bittencourt, Vânia Rita Elias Pinheiro
Banca de defesa: Angelo, Isabele da Costa, Bezerra, Simone Quinelato
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11951
Resumo: Metarhizium sppné um fungo patogênico para diversos artrópodes, com utilização consolidada no controle de pragas agrícolas, sendo considerado um agente promissor no controle de carrapatos como Rhipicephalus microplus. O presente estudo avaliou características morfológicas, produção conidial, rendimento em meio de cultivo sólido (crescimento em arroz), virulência para fêmeas de R. micropluse atividades enzimáticas (proteases, Pr1, Pr2, lipases e enzimas oxidativas) de quatro isolados brasileiros de M. anisopliae sensu lato (s.l.) (IBCB 116, IBCB 383, IBCB 410 e IBCB 481). Os isolados foram crescidos em meio batata-dextrose-ágar (BDA) durante 15 dias, realizando a partir de então a quantificação conidial. O rendimento foi determinado a partir do crescimento em arroz e da pesagem da massa de conídios produzidos. Já a virulência foi avaliada a partir de acompanhamento dos parâmetros biológicos de fêmeas ingurgitadas de R. microplus após imersão em suspensões aquosas (1×107 e 1×108 conídios mL-1)de cada isolado. Para os estudos enzimáticos, extrações proteicas foram realizadas em conídios (superfície e fração intracitoplasmática) e micélios (secretado micelial e fração intracitoplasmática). Os dados paramétricos foram avaliados pela análise de variância (ANOVA) seguida do teste de Tukey e não paramétricos pelo teste de Kruskal Wallis seguido de Student-Newman-Keuls (SNK) com nível de significância de 5%. Foi observado variação na produção de conídios/cm² entre os isolados. IBCB 383 foi aquele que apresentou maior produção conidial tanto em BDA quanto em arroz, e IBCB 116 o menor produtor. Em relação à virulência, quando avaliadas a maior concentração (1×108 conídios mL-1), IBCB 481 apresentou maior percentual de controle para fêmeas de R. microplus (44%) e IBCB 116 o menor percentual (14%). Quanto às enzimas, no geral, as atividades de proteases totais, Pr1, Pr2 e lipases foram superiores nos isolados mais virulentos. Em destaque, IBCB 481, quando comparado a IBCB 116, apresentou atividade de Pr1 superior em aproximadamente 2,8 vezes na superfície conidial e 2,5 vezes para o secretado micelial, além de atividade lipolítica cerca de cinco vezes superior na fração intracitoplasmática conidial. A atividade das enzimas oxidativas apresentou variações entre os isolados, corroborando os achados de virulência, IBCB 481 exibiu as maiores atividades de superóxido desmutase, catalase e peroxidase na maioria das análises. Portanto, conclui-se que a associação de estudos morfológicos com análises de virulência e caracterizações enzimáticas são ferramentas importantes a serem utilizadas na seleção de isolados de Metarhizium anisopliae s.l., especialmente para programas visando o biocontrole do carrapatoo R. microplus.