Avaliação da morfologia, virulência e atividades proteolítica e lipolítica de isolados de Beauveria bassiana s.l. antes e após reisolamento em Rhipicephalus microplus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Caio Junior Balduino Coutinho lattes
Orientador(a): Bittencourt, Vânia Rita Elias Pinheiro
Banca de defesa: Bittencourt, Vânia Rita Elias Pinheiro, Angelo, Isabele da Costa, Bezerra, Simone Quinelato
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11956
Resumo: Beauveria bassiana sensu lato (s.l.) é um fungo cosmopolita de grande importância agrícola. Seu uso na pecuária como biocontrolador de Rhipicephalus microplus apresenta bons resultados. Dentro deste contexto, estudos que associem a análise do desenvolvimento e do metabolismo fúngico permitem selecionar isolados de melhor potencial artropodopagênico. O presente estudo avaliou a morfologia, virulência e atividades enzimáticas de dez isolados brasileiros de B. bassiana s.l. antes (grupo Micoteca) e após reisolamento (grupo Reisolado) através de um ciclo de crescimento sobre R. microplus. Para a morfologia, foram realizadas análises macromorfológicas, através de ponto único de inóculo; micromorfológicas, a partir do cultivo entre lâmina e lamínula, e avaliação da produção de conídios. A virulência foi avaliada a partir da observação dos parâmetros biológicos de fêmeas ingurgitadas de R. microplus após imersão em suspensões aquosas de B. bassiana s.l. (108 e 107 conídios/mL). As atividades proteolítica (semi-quantitativa, total, Pr1 e Pr2) e lipolítica (ρ-nitrofenil palmitato) foram realizadas após 72 horas de crescimento dos fungos em meio mínimo. A estatística dos experimentos foi realizada comparando os dados antes e após reisolamento para determinar os isolados de maior potencial patogênico, além de observar o efeito de uma passagem sobre um hospedeiro em potencial. Os dados paramétricos foram avaliados pela análise de variância (ANOVA) seguida do teste de Tukey e os não paramétricos pelo teste de Kruskal Wallis seguido de Student-Newman-Keuls (SNK) com nível de significância de 5%. Quando comparados entre si antes do reisolamento, foram observadas diferenças morfológicas, de virulência e atividades enzimáticas entre os isolados. CG 481 e CG 206 apresentaram os maiores percentuais de controle (65,75% e 61,65%, respectivamente), embora não tenham demonstrado alta atividade enzimática. Quanto ao reisolamento fúngico, o processo alterou em pequena escala a morfologia e a virulência. Em relação à atividade enzimática, a maioria dos isolados elevaram a atividade proteolítica específica Pr2 e a atividade lipolítica. Isolados como Bb 02 e CG 500 foram aqueles que mais sofreram influência após um ciclo de crescimento. Bb 02 aumentou em 1,9 vezes o percentual de controle (15,8% para 30,6%), elevando a produção de conídios e tornando as colônias mais pulverulentas. Além do mais, foi evidenciado também o aumento de todas as atividades enzimáticas (6,3 vezes para Pr1; 2,4 vezes para Pr2 e 9 vezes para atividade lipásica). Em contrapartida, CG 500 reduziu em 4,8 vezes o percentual de controle, além de alterar macromorfologicamente as colônias. As atividades enzimáticas também foram reduzidas em 3,6 vezes para Pr1; 1,2 vezes para Pr2 e 1,6 vezes para a atividade lipásica. Portanto, conclui-se que um ciclo de crescimento de B. bassiana s.l. sobre R. microplus foi capaz de alterar alguns dos isolados avaliados, embora mais passagens pelo hospedeiro sejam necessárias para propiciar resultados mais relevantes. Além disto, o estudo de outras enzimas como as quitinases, a produção de toxinas e a hidrofobicidade dos conídios devem ser considerados na determinação da eficácia fúngica.