Variação Fenotípica na raça Fila Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Dias, Julian de Moura lattes
Orientador(a): Sant' Ana, Nivaldo de Faria lattes
Banca de defesa: Viana, Fernando Antônio Bretas, Jangarelli, Marcelo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14846
Resumo: A raça Fila Brasileiro foi a primeira raça nacional reconhecida internacionalmente, sendo aceita pela Federação Cinológica Internacional (FCI) em 1946. Entre 1978 e 1982 foi a raça canina com mais animais registrados no Brasil, além de ser exportada para diversos países. No entanto, dois clubes de criação de Fila Brasileiro (CBKC - Confederação Brasileira de Cinofilia; e CAFIB - Clube de Aprimoramento do Fila Brasileiro) divergem oficialmente quanto ao padrão racial do Fila Brasileiro. Essas divergências poderiam resultar em importantes variações fenotípicas dentro da raça. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar, por meio de mensurações de características biométricas, a variação fenotípica na raça Fila Brasileiro. As avaliações foram realizadas em canis comerciais localizados nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Foram avaliados 55 animais, 27 da associação de criadores CAFIB e 28 da associação de criadores CBKC, sendo 29 fêmeas e 26 machos. Foram mensuradas dezenove características biométricas quantitativas, relativas à morfologia da cabeça, tronco e membros. Os resultados obtidos foram analisados utilizando-se a técnica de Análise de Componentes Principais (ACP). A associação de criadores (CAFIB e CBKC) e o sexo foram utilizados como variáveis identificadoras na análise dos resultados, com o objetivo de avaliar a associação de criadores e o sexo como fonte de variação fenotípica na raça Fila Brasileiro. Na análise dos componentes principais foram obtidos cinco componentes de maior relevância, que explicam 72% da variância total. O componente 1 correlacionou-se principalmente com variáveis relacionadas à altura e ao comprimento e foi importante para diferenciação entre sexo. Os machos apresentaram maior porte (altura e comprimento) em relação às fêmeas. Os componentes principais 3 e 4, foram responsáveis na diferenciação por associação de criadores. E esses componentes se correlacionaram principalmente com as variáveis comprimento do focinho, profundidade do focinho, largura do focinho (tamanho do focinho) e largura e comprimento da orelha (tamanho da orelha) respectivamente. As variáveis relacionadas à largura dos animais e ao comprimento da garupa, as mais importantes nos componentes principais 2 e 5, foram importantes fontes de variação não relacionadas ao sexo e associação de criadores. Os animais CAFIB e CBKC atenderam aos seus respectivos padrões quanto a altura à cernelha; quanto a relação altura à garupa/altura à cernelha e quanto a relação comprimento do focinho/comprimento do crânio. Os animais das associações de criadores (CAFIB e CBKC) não atenderam aos seus respectivos padrões quanto à relação profundidade do focinho/comprimento do focinho, apresentando a profundidade do focinho maior que o comprimento.