Análise de componentes principais aplicada ao estudo termoanalítico de sementes e a produção vegetal do Mandacaru (Cereus jamacaru DC.).
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido - CDSA MESTRADO INTERINSTITUCIONAL EM FARMACOQUÍMICA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://dx.doi.org/10.52446/pgpnsbCDSA.2018.dissertacao.morais http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4527 |
Resumo: | Cereus jamacaru DC., popularmente chamado mandacaru, é um cacto colunar, da família Cactaceae, encontrado de forma espontânea e disperso na Caatinga, utilizado pelo sertanejo como planta forrageira. Entretanto, a literatura etnofarmacológica descreve sua aplicação no combate ou prevenção a diversas doenças, tais como: doenças respiratórias, renais, úlceras estomáquicas, hipertenção arterial, enterite e reumatismo. O objetivo deste trabalho consistiuse em estudar a caracterização de sementes e plantas juvenis de C. jamacaru, cultivadas em condições de produção vegetal controladas utilizando técnicas estatísticas multivariadas. Nesta perspectiva, realizou-se coleta de frutos de seis Matrizes (M) da espécie, em estágio semelhante de maturação, em dois locais do Semiárido Paraibano, Sumé (M1, M2 e M3) e Monteiro (M4, M5 e M6) para a caracterização biométrica de frutos e sementes da espécie. As sementes de C. jamacaru foram utilizadas como matéria prima para estudos termoanalíticos e de produção vegetal com aplicação de análise de componentes principais (PCA) nos dados originais obtidos. Determinaram-se: teor de umidade; cinzas; termogravimetria (TG) nas razões de aquecimento 5, 10, 20 e 40 °C min-1 para atmosfera de ar sintético e na razão de aquecimento 10 °C min-1 para atmosfera de nitrogênio; parâmetros cinéticos e análise térmica diferencial (DTA), 10 °C min-1. Através da PCA, evidenciou-se a variabilidade biométrica dos frutos e sementes das matrizes estudadas. Analisando as curvas TG na razão de aquecimento 10 °C min-1, observaram-se cinco eventos de degradação de massa na atmosfera oxidativa e quatro eventos de degradação de massa em atmosfera inerte, exceto para M1 que apresentou cinco eventos de degradação de massa também em atmosfera de nitrogênio. A temperatura e a perda de massa das duas principais etapas de degradação variaram entre as matrizes. As curvas DTA mostraram três eventos exotérmicos para sementes trituradas de M1, M2, M3, M5 e M6 com pico variando entre 354,0-358,9 °C, 492,9-508,1 °C e 509,8523,7 °C, tendo M4 apresentado quatro eventos exotérmicos. As curvas DTA para sementes inteiras de M2 e M5 revelaram dois eventos exotérmicos sendo M2 com pico variando entre 349,2-355,8 °C e 538,3-543,7 °C, e M5 com pico variando entre 361,8-374,0 °C e 537,7551,4 °C. A PCA aplicada a TG nas quatro razões de aquecimento (atmosfera oxidativa) indicou similaridade entre os perfis térmicos das matrizes. A PCA da produção vegetal indicou um padrão para os indivíduos juvenis de M6 nos parâmetros: maior número de emergência, menos dias para emergir, maior altura da parte aérea e diâmetro ao nível do solo; além de permitir diferenciações entre os agrupamentos de indivíduos gerados de cada uma das matrizes monitoradas pela visualização gráfica. Os resultados obtidos neste estudo indicaram que a aplicação da PCA para avaliação de perfil térmico de sementes de C. jamacaru, especificamente na TG, não forneceu visualização de padrão determinado entre as matrizes avaliadas, entretanto, para avaliação da produção vegetal revelou-se como uma excelente ferramenta para estudo de diferenciação e caracterização entre as matrizes de C. jamacaru avaliadas, possibilitando a determinação da matriz com maior potencial produtivo, sendo M6 detentora do melhor desempenho na produção vegetal para esta espécie. |