Contribuição da chuva de sementes na recuperação de áreas e do uso de poleiros como técnica catalisadora da sucessão natural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Rudge, Ana de Carvalho
Orientador(a): Piña-rodrigues, Fatima Conceição Márquez lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11165
Resumo: O monitoramento de áreas fragmentadas e de reflorestamento através da avaliação da chuva de sementes é essencial para o entendimento da dinâmica dos processos geradores e mantenedores da biodiversidade nas florestas tropicais e para o aperfeiçoamento de técnicas de restauração. A atração de agentes dispersores, através do incremento da complexidade estrutural da vegetação com o uso de poleiros artificiais é uma técnica facilitadora que acelera o processo de sucessão vegetal devido ao aumento no recrutamento de sementes. Dessa forma, este trabalho busca responder às perguntas: a) como a chuva de sementes muda com a distância do fragmento-fonte b) a utilização de poleiros artificiais promove maior aporte das sementes e estabelecimento das espécies? c) qual é a diferença do aporte de sementes entre áreas de recuperação ambiental, pasto com e sem poleiros e fragmento florestal? Para testar a eficiência de poleiros artificiais no incremento de sementes e estabelecimento de plântulas, foram instalados coletores de sementes e recipientes com areia em linhas na borda do fragmento florestal e no pasto a diferentes distâncias do mesmo (20 m, 100 m, 200 m e 300 m), os poleiros artificiais foram alocados sobre alguns dos coletores de sementes nas linhas do pasto. Através da instalação de coletores de sementes, foi avaliada a composição da chuva de sementes em duas áreas de reflorestamento localizadas a 7 km do fragmento florestal. As sementes e plântulas foram quantificadas e identificadas, classificando-as quanto à síndrome de dispersão, hábito e classe sucessional. Os principais resultados indicaram maior número de espécies no interior do fragmento florestal seguido da distância de 200 m > 100 m > 20 m > 300 m. A densidade de sementes teve distribuição similar: fragmento > 100 m > 200 m > 20 m > 300 m. A proximidade da mancha de vegetação e indivíduo arbóreo de Ficus gomelleira com as linhas 200 m e 100 m pode estar influenciando no enriquecimento de espécies nestas áreas, o que explicaria os valores de riqueza e diversidade superiores às outras linhas no pasto. Os poleiros aumentaram o aporte de sementes em 63 vezes e o estabelecimento das espécies foi 9 vezes maior do que nas testemunhas. Houve diferença significativa nas áreas estudadas quanto à riqueza de espécies (F = 5,7; p = 0.001) e abundância (F = 7,228; p = 0.001). O fragmento florestal apresentou maior índice de diversidade entre as áreas sendo semelhante ao pasto com poleiros quanto à composição de espécies o que comprova a eficiência desta técnica no enriquecimento de espécies de sementes provenientes de fragmentos florestais em áreas degradadas. As áreas de reflorestamento obtiveram índices de diversidade intermediários e composição de espécies semelhantes, mostrando-se isoladas em relação a áreas fonte de diásporos. Medidas de longo prazo poderiam ser tomadas para a formação de corredores ecológicos a partir de fragmentos florestais levando a maior eficiência na restauração dos processos ecológicos através do aumento do fluxo de diásporos e formas de vida para essas áreas. i