Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Gondim, Fábio Ribeiro
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Orientador(a): |
Piña-rodrigues, Fatima Conceição Márquez
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11169
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Resumo: |
A fragmentação florestal acarreta em grandes mudanças na estrutura e dinâmica das florestas, porém, poucos são os estudos sobre a influência da fragmentação na produção de sementes e na deposição de serrapilheira. O estudo teve como objetivo a comparação e a avaliação entre os padrões espaciais e temporais da chuva de sementes e da deposição de serrapilheira em quatro fragmentos de floresta atlântica considerando seu grau de isolamento (distância) e tamanho, avaliando a possibilidade de utilizar a chuva de sementes e o aporte de serrapilheira como bioindicadores de degradação ambiental. Em cada um dos fragmentos isolados (F3= 3.2 ha; F4= 62 ha) e conectados (F2 = 8 ha; F1= 23 ha) de diferentes tamanhos foram instaladas 16 colhetores a quatro diferentes distâncias da borda, e o material depositado coletado mensalmente durante 11 meses do ano de 2004. Correlação, análises de componentes principais (PCA), espécies indicadoras e agrupamento foram aplicadas para definir as relações entre as espécies e as características dos fragmentos estudados, assim como os padrões de deposição de serrapilheira. Para comparar os fragmentos foram calculados o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H ), riqueza de Margaleff (d) e de equitabilidade de Pielou (J). Olyra taquara (Poaceae), Mikania sp. (Asteraceae), Cecropia sp. (Moraceae) e Miconia sp. (Melastomataceae) representaram 83,5% das sementes depositadas no estudo. A densidade de sementes aportadas foi em média 116,3 propágulos/m2. A maior similaridade em relação à composição e densidade das espécies vegetais foi encontrado entre os fragmentos localizados a 150 m de distância um do outro, estando o menor e mais distantes deles completamente isolado dos demais. Todos os fragmentos apresentaram baixa diversidade (H ≤ 2.0), baixa equitabilidade (J= 0,5084; Jesperado= 1) e riqueza (d= 0,80) e baixa densidade da chuva de sementes em relação à média esperada (> 500 propágulos/m2), com alta freqüência de espécies pioneiras. A maior riqueza foi obtida no fragmento menor, porém com baixa equitabilidade indicando que poucas espécies apresentam grande número de indivíduos. O pico de produção de sementes totais e dispersas pelo vento ocorreu no início do período das chuvas, em outubro, e das zoocóricas no mês de março, final do período chuvoso. O número de espécies tendeu a aumentar da borda para o interior do fragmento. Os fragmentos depositaram em média 4,9 t/ha de material decíduo durante o estudo, dos quais 69,4% corresponderam a folhas, 14,2% a galhos, 6,4% de material reprodutivo e 10% de resíduos. A sazonalidade foi marcada por um período de maior deposição no final do período mais seco do ano, entre os meses de setembro e novembro. O tamanho e a distância dos fragmentos, assim como a distância das parcelas em relação a borda, não apresentaram diferenças significativas, apesar do fragmento F2 demonstrar tendência a maior deposição. A chuva de sementes demonstrou ser um bom bioindicador para indicar o estado de degradação de fragmentos florestais, ao contrário da deposição de serrapilheira que se demonstrou de difícil interpretação. |