Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Marinho, Alessandro Simões
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Orientador(a): |
Oliveira, Valéria Marques de
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Banca de defesa: |
Oliveira, Valéria Marques de,
Souza, Marcos Aguiar de,
Borges, Lilian Maria,
Pessoa, Yldry Souza Ramos Queiroz,
Agibo, Maria Luisa Lopes Chicote |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Instituto de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20239
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Resumo: |
A pesquisa objetivou investigar o cotidiano funcional de Técnicos em Segurança do Trabalho (TSTs) na percepção dos mesmos frente a indicadores de sofrimento no trabalho. Tal proposta se fez relevante tendo em vista os poucos trabalhos de investigação científica evidenciados no Brasil que procuraram explorar a prática laboral de TSTs. Enquanto objetivos específicos, propôs-se: identificar fatores de riscos psicossociais com potencial para fomentar o sofrimento no trabalho; discorrer sobre a subjetividade na interface homem-trabalho e apurar estratégias de enfrentamento utilizadas para lidar com os obstáculos do cotidiano do trabalho. Em relação ao método, optou-se por uma pesquisa de natureza quanti-quali e de delineamento descritivo, a partir de dois estudos. No estudo 1, para a análise quantitativa, foi utilizada a Escala de Indicadores de Sofrimento no Trabalho, com 28 questões, dividas em 3 fatores: sentido no trabalho, esgotamento mental e reconhecimento no trabalho. A escala, derivada do Protocolo de Avaliação de Riscos Psicossociais no Trabalho, foi formatada na ferramenta do google forms e distribuida para diferentes regiões do Brasil. No estudo 2, foi realizado 1 encontro presencial para a efetivação da entrevista coletiva semiestruturada com um grupo de 4 participantes, visando explorar variáveis subjetivas de narrativas categorizadas, por meio da técnica de análise do conteúdo. Nos resultados do primeiro estudo, 78 participantes indicaram o esgotamento mental como o indicador de maior potencial para o sofrimento no trabalho, onde a maioria dos itens foi enquadrada no potencial de risco médio e limítrofe. Nos demais fatores, a significativa maioria dos itens aprsentaram-se como indicadores de baixo risco na promoção do sofrimento. No estudo 2, os TSTs ratificaram e destacaram o desgaste mental enquanto um fator indicativo de sofrimento, em comunhão a diferentes categorias da análise do conteúdo, definidas à posteriori, como: a pouca autonomia; as dificuldades na relações interpessoais com lideranças; a organização do trabalho e as estratégias técnicas e interpessoais para o enfrentamento de dificuldades no trabalho no âmbito dos processos intersubjetivos do coletivo organizacional. Nas considerações finais, evidenciou-se a percepção de indicadores de sofrimento no trabalho e da presença fatores de riscos psicossociais no cotidiano dos participantes, além da importância da utilização de estratégias de enfrentamento a fatores de sofrimento no labor. No mais, o presente trabalho contribuiu para se trazer à discussão percepções e narrativas de uma categoria profissional ainda pouco explorada no cenário científico brasileiro. No entanto, tendo em vista as consideráveis limitações da pesquisa, avalia-se como relevante o desenvolvimento de mais estudos quantitativos e qualitativos, embasados na psicodinâmica do trabalho, para melhor apuração de indicadores de sofrimento e de fatores de riscos psicossociais no contexto laboral de TSTs. |