Estratificação e caracterização ambiental da Área de Preservação Permanente do rio Guandu, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Salamene, Samara lattes
Orientador(a): Francelino, Márcio Rocha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11201
Resumo: Área de Preservação Permanente (APP) é uma faixa de proteção marginal de cursos d água, estabelecida pela legislação. A presença da vegetação nativa nessa área é de extrema importância para a conservação dos recursos hídricos. O rio Guandu é a principal fonte de abastecimento de água da região metropolitana do Rio de Janeiro, atendendo a uma população de quase nove milhões de pessoas. Apesar de sua importância, enfrenta atualmente graves problemas ambientais, como a ocupação desordenada da sua APP. O objetivo principal desse trabalho foi realizar uma caracterização ambiental da APP no rio Guandu (RJ), através de aerofotos digitais não convencionais, bem como descrever e delimitar os principais ambientes existentes ao longo do rio e o grau de degradação de cada um deles. As aerofotos foram obtidas através de uma câmera fotográfica digital de pequeno formato, num vôo de helicóptero sobre o rio. As imagens foram agrupadas em mosaicos, georreferenciadas no ArcMap 9.0 e processadas no ArcView 3.2a. A APP do rio Guandu foi estratificada em quatro ambientes: Ambiente 1 (leito encaixado), Ambiente 2 (várzea fluvial), Ambiente 3 (planície aluvionar), Ambiente 4 (flúvio-marinho). Foram definidas nove classes de uso da terra na APP: agricultura, capoeira, mangue, mata, pastagem, restinga, solo exposto, urbano-industrial, várzea. Com base nos mapas de uso da terra, proximidade da área urbano-industrial e da área com vegetação nativa, foi gerado um mapa do grau de degradação de cada ambiente do rio Guandu. Foram escolhidos dois fragmentos florestais para um levantamento florístico e fitossociológico. As classes de uso antrópico ocuparam 68% da APP, sendo que a pastagem foi o uso da terra predominante (38%). O Ambiente 4 foi considerado o mais impactado, apresentando 51% de sua área com grau alto a muito alto de degradação, e o Ambiente 3 apresentou um melhor estado de conservação em comparação com os demais. Os fragmentos florestais representaram apenas 11,6% da área total da APP, e se encontram muito reduzidos quanto ao tamanho de suas áreas. As espécies mais comuns na área foram Guarea guidonia, Peltophorum dubium e Casearia decandra. Os resultados sugeriram que a predominância de cultivos e pastagens, a proximidade de grandes centros urbanos e a área de floresta muito reduzida podem comprometer a qualidade desse importante manancial.