Comportamento de espécies florestais, em diferentes ambientes edáficos na recomposição da mata ciliar do rio Guandu - RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Azevedo, Vanessa Kunz de lattes
Orientador(a): Francelino, Márcio Rocha lattes
Banca de defesa: Francelino, Márcio Rocha, Leles, Paulo Sérgio dos Santos, Oliveira Neto, Silvio Nolasco de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11242
Resumo: O Rio Guandu, juntamente com o rio Paraíba do Sul, são os mais importantes rios do Estado do Rio de Janeiro, já que são responsáveis pelo sistema de abastecimento d'água de mais de 12 milhões de pessoas. Apesar da sua evidente importância hidrológica e ambiental, o Rio Guandu vem sendo submetido a um forte processo de degradação de suas matas o qual compromete seus serviços ambientais, tornando-se necessário estabelecer estratégias de recomposição destas matas ciliares. Nesse sentido, desenvolver trabalhos que venham contribuir nos projetos de recomposição da vegetação natural são de grande valia para a preservação destes ambientes. Dentro desse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o comportamento silvicultural de espécies arbóreas nativas, em três áreas de reflorestamento, com diferentes tipos de solo/níveis de hidromorfia, visando a determinação de seus potenciais para futuros plantios mistos ocorridos as margens de rios. Inicialmente, foi realizada a descrição morfológica dos perfis de solos, coleta de amostras para análises físicas e químicas, classificação dos solos e nível de hidromorfia dos mesmos. Foi constatada, a existência de três classes de solos: na área 1, Cambisso Háplico Tb Distrófico; na área 2, Gleissolo Háplico Tb Distrófico neofluvissólico e na área 3, Cambisso Háplico Ta Eutrófico. Quanto ao grau de hidromorfismo essas áreas foram classificadas em não-hidromórficas (áreas 1 e 3) e hidromórfica (área 2). Durante quatro anos após o plantio, foi realizada medição de sobrevivência, altura, diâmetro ao nível do solo e área de cobertura de copa. Ainda para a última variável (cobertura de copa) além da comparação entre área também houve a comparação entre dois diferentes métodos de análise. Para as espécies que aos 4 anos após o plantio apresentaram sobrevivência maior que 50% em todas as classes de solo (embaúba, guapuruvu, ingá e sangra d’água), os dados de altura e DAP aos 4 anos e de área de copa aos 3 anos, foram avaliados com a aplicação do teste t para amostras independentes, ao nível de 5% de significância, visando verificar diferenças significativas entre o efeito das diferentes classes de solo no crescimento dessas variáveis. Para as demais espécies, analisou-se apenas a sobrevivência. Constatou-se que as espécies se comportaram de maneira diferenciada nas três diferentes classes de solos. No Gleissolo as plantas obtiveram a menor taxa de sobrevivência (50 %), chegando a 16,6% de sobrevivência para Genipa americana (Jenipapo). Essa área também foi a que apresentou menor cobertura de copa. Entre as espécies estudadas, Embaúba, Guapuruvu, Sangra d’água e Ingá podem ser utilizadas com sucesso na recuperação de áreas de mata ciliar com as características iguais ao Cambisso Háplico Tb Distrófico (área 1). Para os Gleissolo Háplico Tb Distrófico neofluvissólico (área 2) com características físicas e químicas iguais, as melhores espécies são Guapuruvu e Sangra d’água e para os Cambisso Háplico Ta Eutrófico (área 3) com características físicas e químicas iguais as deste solo são Embaúba, Guapuruvu e Sangra d’água. O método de fotografia hemisférica foi o que melhor expressou as características observadas em campo, sendo assim, indicado como um método adequado para estudo de área de copa em reflorestamentos mistos.