Fauna helmintológica endoparasitária dos peixes do complexo hidrográfico formador do Rio da Guarda, Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Oliveira, Evaldete Ferraz de
Orientador(a): Amato, José Felipe Ribeiro lattes
Banca de defesa: Amato, José Felipe Ribeiro, Menezes, Naércio Aquino, Hoineff, Anna Kohn
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11788
Resumo: Um total de 796 espécimes de peixes correspondendo a 19 famílias, 28 gêneros e 32 espécies, capturados no complexo hidrográfico formador do Rio da Guarda, (23º00 e 22º45'S e 43º50' 43º35'W), Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, foram necropsiados. Com base no caráter salinidade, três estações de coleta foram estabelecidas: NR- nascente do rio; CR- corpo do rio; FR- foz do rio. Os peixes capturados, foram classificados em cinco categorias ecológicas: lA- peixes estritamente de água doce; IB- peixes de água doce invasores facultativos de águas de baixa salinidade; 2A- peixes anádromos; 2Bpeixes marinhos penetrando em água doce; 2C- peixes marinhos invasores facultativos de águas de moderada a baixa salinidade. A fauna ictiológica amostrada mostrou-se bastante variada sendo formada por espécies de origem dulciqüícola na cabeceira, espécies dulciqüícolas e marinhas eurihalinas no xvi corpo principal e espécies marinhas e dulciaqüícolas eurihalinas na foz. A fauna helmintológica endoparasitária encontrada, embora formada por espécies de origem dulciaqüícolas e de origem marinha, mostrou-se pouco variada e com uma baixa prevalência. O número de espécies provenientes destes dois habitats foi quase igual, 11 e 12, respectivamente. A fauna dulciaqüícolas foi composta basicamente por nematoídes e a fauna marinha por trematódeos digenéticos. Os outros dois grupos, Cestoda e Acanthocephala, contribuíram com um número muito pequeno de espécies. Entre as 23 espécies identificadas, é descrita uma espécie nova do gênero Hysterolecitha e, Hymenocotídeos manteri, Dicrogaster fastigatus, e Schikoballotrema elongatum foram registrados pela primeira vez no Brasil. O pequeno número de espécies de trematódeos digené- ticos de origem dulciaqüícola foi associada a redução na fauna de moluscos, hospedeiros intermediários, ocasionado pela baixa concentração de carbonatos de cálcio. A grande quantidade de esgoto doméstico e resíduos industriais despejados no complexo, a variação na concentração da salinidade na desembocadura do rio, e a pequena amostragem de algumas espé- cies de peixes, são citados como sendo alguns dos principais fatores predisponentes que contribuíram para a obtenção destes resultados. Foi observada uma variação muito pequena nas intensidades de infecção pelos endohelmintos