Variação populacional dos principais ixodídeos parasitas de bovinos e equinos em diferentes condições de manejo, nos municípios de Paracambí e Itaguaí no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Souza, Antonio Pereira de lattes
Orientador(a): Freire, Nicolau Maués da Serra lattes
Banca de defesa: Freire, Nicolau Maués da Serra, Cunha, Daisy Wilwerth da, Faccini, João Luiz Horácio, Leite, Rômulo Cerqueira, Araújo, Adauto
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9801
Resumo: No período de novembro de 1986 a outubro de 1988, estudou-se a variação populacional dos ínstares não parasitários de Amblyomma cajenennse e Boophilus microplus, no município de Paracambi, Estado do Rio de Janeiro (RJ). Foram coletadas amostras em três locais de uma invernada de aproximadamente 30 ha, na qual, durante o primeiro ano do experimento, manteve-se uma lotação média de dois equinos e 26 bovinos e no segundo, de 28 bovinos. Para amostragem de carrapatos utilizou-se flanelas nas cores branca, azul e amarela fixadas ao solo e em arrasto sobre o pasto somente a branca. No período de maio de 1987 a abril de 1989 realizaram-se estudos semelhantes para os estádios não parasitários de A. cajennense e Anocentor nitens, no município de Itaguaí (RJ), em um piquete de aproximadamente 16 ha no qual durante o experimento manteve-se uma lotação média de 12 eqüinos/ano, os quais receberam em mé- dia seis tratamentos acaricidas por ano. Concomitantemente, seis eqüinos foram utilizados para a contagem e identificação de ma- xx. chos e fêmeas de A. cajennense e de fêmeas com mais de 4 mm de A. nitens. Os resultados permitem afirmar que, em Paracambi, as maiores infestações das pastagens por larvas de A. cajennense ocorreram nos meses de junho a setembro, pelas ninfas nos meses de julho a outubro e a metodologia utilizada não permitiu afirmar com precisão o período de maior ocorrência dos estádios adultos. Ocorreram quatro picos de infestações das pastagens por larvas de B. microplus sendo os mais importantes aqueles durante o outono e inverno. Em Itaguaí (RJ), as maiores infestações das pastagens por larvas de A. cajennense ocorreram nos meses de maio a setembro no primeiro e de junho a setembro no segundo ano do experimento; pelas ninfas de julho a novembro nos dois anos; por adultos, de outubro a maio e de janeiro a abril no segundo ano. Ocorreram quatro picos de infestações das pastagens por larvas de A. nitens, sendo o de maior duração de julho ao inicio de outubro no primeiro e de junho a outubro no segundo ano. Os equinos estiveram mais intensamente parasitados por adultos de A. cajennense no período compreendido entre outubro e maio e por fêmeas de A. nitens de maio a agosto no primeiro e de maio a novembro no segundo ano do experimento. Nos dois municípios a comparação entre os tipos de armadilhas mostra que as flanelas fixas foram mais efetivas para a captura de ninfas e adultos e menos para as larvas dos ixodídeos.