Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Laila Fabíola Teodózio Pessôa
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Orientador(a): |
Costa Neto, Canrobert Penn Lopes
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11684
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Resumo: |
A presente dissertação se propõe analisar as manifestações da questão agrária, conforme se projetam na luta pela terra de trabalho no Estado do Rio de Janeiro do século XXI. O estudo tem como base analítica as trajetórias das famílias de trabalhadores rurais do Acampamento Terra Prometida. Atualmente situado na região da Baixada Fluminense, o acampamento comporta setenta e quatro famílias distribuídas em suas duas sedes: A primeira no distrito de Tinguá, em Nova Iguaçu e a segunda, no município de Duque de Caxias. Trata-se de resgate da questão agrária no Estado do Rio de Janeiro a partir da trajetória destas famílias. O Estado do Rio de Janeiro, apesar de considerado predominantemente urbano, possui consideráveis extensões de terras cultiváveis, muitas delas ociosas. Possui também um número crescente de trabalhadores rurais que, sem acesso ao trabalho na terra, vêm se somando à massa de trabalhadores urbanos sem qualquer qualificação, o que gera alguns problemas sociais semelhantes aos de outros estados brasileiros. Desde a década de 1950, o estado é palco de intensos conflitos pela posse da terra, entretanto, a partir do final do século passado é possível perceber um redimensionamento destes conflitos, que deixaram de se travar prioritariamente nos espaços rurais e adquiriram novas características. Os enfrentamentos, assim como as manifestações visíveis da questão agrária, têm agora no espaço urbano um novo palco de conflitos. As observações deste redimensionamento da questão agrária nos tempos atuais geraram alguns questionamentos que nortearam a pesquisa de campo. Como a questão agrária que alguns autores afirmam não mais existir pode, atualmente, ainda ser motivo de tantas disputas e lutas? Disputas estas que se dão tanto no espaço público, quanto no privado, com a ocorrência de violência, ameaças e assassinatos. Estaríamos convivendo hoje com uma nova questão agrária ou apenas com a versão modernizada de uma questão secular? É possível que a questão agrária tenha apenas se atualizado e não desaparecido ? Para os trabalhadores rurais do século XXI, o que ou quem representa o latifúndio na atualidade? Sob que forma ou aspecto materializa-se a consciência destes trabalhadores sobre a terra de trabalho no estado do Rio de Janeiro dos anos recentes? |