Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Valter Lúcio de
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Orientador(a): |
Comerford, John Cunha
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9437
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Resumo: |
As análises desenvolvidas nessa tese buscam compreender o processo de engajamento e retribuição entre as pessoas que se envolveram na luta pela terra lideradas pelo MST. A partir da pesquisa empírica realizada em um acampamento e em dois assentamentos (um novo e outro antigo) localizados no Rio Grande do Sul, observou-se a ocorrência de um público bastante variado que se engaja em tal luta inspirado por retribuições que não apenas a conquista da terra. Adotando um olhar privilegiado sobre o micro, sem, no entanto, negligenciar o macro e detendo-se sobre as dimensões relativas è religião e às religiosidades, foi possível notar que ingressar no MST constitui oportunidade que as pessoas agarram movidas por lógicas que não são, em grande parte dos casos, aquelas definidas pela razão política. Experimentar as ofertas religiosas e se incorporar ao acampamento do MST não são possibilidades excludentes, são alternativas eficientes na busca por uma vida melhor. Mesmo que no acampamento a diversidade de expressões sociais esteja sob relativo controle, os símbolos e mitos estão povoando aquele espaço e criando realidades inesperadas. Suspeitar, como faziam os acampados, que nas reuniões da principal e restrita instância política do acampamento ocorriam rituais de bruxaria, indica que aquele espaço como um todo está colonizado por variadas forças . Fica evidente, portanto, que na dinâmica cotidiana desses espaços o religioso e o político se interpenetram. Diante de tal dinâmica é perceptível a constituição, tanto nos assentamentos quanto no acampamento (a despeito de seu maior controle), de pequenas comunidades definidas por códigos morais de conduta. Ainda que a imagem unitária que é criada pelo e sobre o MST e o seu reconhecimento como organização catalisadora dos interesses difusos façam parte e interfiram na realidade desses espaços, a realidade que ali se constrói é muito mais complexa do que isso. Do que se conclui que não há a sobreposição de identidades que venha a dar forma a uma identidade única, sólida e coerente. |