Leishmaniose visceral canina: revisão sistemática e levantamento de casos no centro de controle de zoonoses de Volta Redonda, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Padua, Elisa Domingues lattes
Orientador(a): Angelo, Isabele da Costa lattes
Banca de defesa: Sanavria, Argemiro lattes, Baêta, Bruna de Azevedo lattes, Almada, Cheryl Gouveia lattes, Angelo, Isabele da Costa lattes, Rodrigues, Janaína da Soledad lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18512
Resumo: As leishmanioses encontram-se entre as principais endemias mais prevalentes e negligenciadas no mundo sendo de grande importância em saúde Pública. A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa, zoonótica, causada pelo protozoário Leishmania infantum, um parasito intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico mononuclear de hospedeiros vertebrados. A transmissão do parasito para seres humanos e outros animais ocorre primariamente por meio da picada de fêmeas de flebotomíneos infectados, popularmente conhecidos como ―mosquitos palha‖. Na região Sudeste do Brasil, o município de Volta Redonda, interior do estado do Rio de Janeiro, vem apresentando casos de leishmaniose visceral canina (LVC), além de casos humanos notificados. O capítulo I da tese teve como objetivo realizar o levantamento de casos de leishmaniose visceral canina (LVC) no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município de Volta Redonda (VR), interior do estado do Rio de Janeiro (RJ), no período de Janeiro de 2016 a Dezembro de 2020, utilizando a Plataforma VICON SAGA para georreferenciamento dos casos. Foi observado que a busca/procura por diagnóstico no CCZ do município de Volta Redonda vem aumentando com o passar dos anos; o número de animais diagnosticados para LVC aumentou em 286% no período de pesquisa (2016-2020); as lesões de pele são as principais alterações clínicas encontradas em pacientes positivos para LVC; o grande número de bairros apresentando casos positivos de LVC alerta para a ocorrência da doença, principalmente em áreas urbanas; a plataforma VICON SAGA permitiu identificar áreas com maior ocorrência de LVC e consequentemente as áreas de maior risco; o perfil dos animais atendidos no CCZ de VR são animais SRD, com pelo curto, porte médio e apresentando sinais clínicos inespecíficos.Já o capítulo II, teve como objetivo realizar uma revisão sitemática para elucidar os principais fatores epidemiológicos associados à LVC, na América do Sul, no período de 2000 a 2020, utilizando como bases de dados as plataformas PubMed, Lilacs, Web of Science e Scopus. Dos 3076 artigos encontrados, 20 estudos epidemiológicos foram selecionados. Conclui-se que fatores associados ao ambiente são os mais estudados em todos os estudos epidemiológicos e quanto maior a proximidade dos abrigos dos cães de regiões de mata, maior a chance da infecção por L. infantum; não é possível estabelecer associação entre raça e a maior ocorrência de infecção por L. infantum; artigos que conseguiram estabelecer correlação com a idade, relataram que animais adultos são os mais expostos.