Caracterização epidemiológica de zoonoses em cães no Estado da Paraíba.

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: FERNANDES, Annielle Regina da Fonseca.
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL; UFCG
• Palavras-chave em Português: Zoonoses em cães; Cães - zoonoses; Soroprevalência; Infecções por Leishmania spp - cães; Infecções por Trypanosoma cruzi - cães; Infecções por Toxoplasma gondii - cães; Infecções por Neospora caninum - cães; Leishmaniose canina; Doença de Chagas - cães; Toxoplasmose canina; Zoonoses in dogs; Dogs - zoonoses; Seroprevalence; Leishmania spp infections - dogs; Trypanosoma cruzi infections - dogs; Toxoplasma gondii infections - dogs; Neospora caninum infections - dogs; Canine leishmaniasis; Chagas disease - dogs; Canine toxoplasmosis; Medicina Veterinária
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25496

Esta tese é composta por três capítulos. Nos Capítulos I e II foram determinadas as soroprevalências e os fatores de risco para as infecções por Leishmania spp., Trypanosoma cruzi, Leptospira spp., Toxoplasma gondii e Neospora caninum em cães do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram amostrados 1.043 soros de cães procedentes de cinco centros urbanos considerados polos regionais. As soroprevalências para as infecções foram de 7,8% (IC 95% = 6,1-9,4%), 7,9% (IC 95% = 6,3-9,6%), 9,3% (IC 95% = 7,5–11,1%), 22,1% (IC 95% = 19,6–24,7%) e 7,7% (IC 95% = 6,1–9,3%), respectivamente. Criação semidomiciliar (OR = 2,044), criação solta (OR = 4,151), ambiente de terra (OR = 3,425) e ambiente de terra/cimento (OR = 3,065) foram apontados como fatores de risco para Leishmania spp., e criação semidomiciliar (OR = 2,353), criação solta (OR = 3,454) e contato com bovinos (OR = 2,015) para T. cruzi. Idade > 48 meses (OR = 2,92), raça não definida (OR = 1,94) e criação com acesso à rua (OR = 1,57) foram apontados como fatores de risco para infecção por Leptospira spp. Para toxoplasmose, idade > 48 meses (OR = 1,74), alimentação com comida caseira (OR = 2,24), alimentação com ração e comida caseira (OR = 2,34) e contato com gatos (OR = 1,57) foram consideradas fatores de risco, enquanto que a criação com acesso à rua (OR = 2,62) foi fator de risco para N. caninum. No Capítulo III foi investigada a ocorrência de anticorpos contra Leishmania spp., T. cruzi, T. gondii e Leptospira spp. em cães e proprietários de um município paraibano com casos humanos de leishmaniose visceral e toxoplasmose registrados nos últimos anos. Amostras de soro de 200 cães e 23 proprietários, contactantes aos cães soropositivos, foram submetidas ao diagnóstico sorológico. Foram obtidas frequências de 6%, 7,5%, 18% e 14% para Leishmania spp., T. cruzi, T. gondii e Leptospira spp., respectivamente, bem como anticorpos anti-T. gondii também foram encontrados nos proprietários. Conclui-se que os cães da área de estudo estão expostos às infecções por Leishmania spp., T. cruzi, Leptospira spp., T. gondii e N. caninum, evidenciadas pela detecção de anticorpos, o que sugere revisão e intensificação das medidas de controle através do constante monitoramento da população canina e correção dos fatores de risco identificados.