Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Forny, Jorge Antonio de Lima
 |
Orientador(a): |
Cassino, Paulo Cesar Rodrigues
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10897
|
Resumo: |
Ao longo da costa leste do Brasil, alinham-se cadeias de montanhas onde se desenvolve a floresta conhecida como Mata Atlântica. A vegetação dessas montanhas, por sua proximidade com o litoral, sofre influência marcante dos alísios, ventos carregados de umidade, vindos do oceano. Originalmente a floresta estendia-se por quase todo o litoral, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Até mesmo no Nordeste ela ocupava uma faixa considerável, que hoje em dia está praticamente desaparecida. O estudo da biodiversidade é fundamental para que se possam estabelecer novas estratégias em questões ambientais. Os insetos tem sido alvo de muitos estudos com o objetivo de inventariar e encontrar subsídios para que não apenas se conheça a sua biodiversidade, mas também sirvam de apoio para avaliação de condições ambientais. Os insetos ocupam os mais variados habitats, são os principais consumidores dos ecossistemas terrestres e representam o mais importante recurso alimentar para animais de diversos grupos taxonômicos. A biodiversidade de formigas tem sido estudada com o objetivo de compreender as perturbações ocasionadas pelas constantes simplificações dos ecossistemas naturais, como é o caso da monocultura de eucalipto; além de responderem ao estresse do meio, as formigas apresentam ampla distribuição e abundância local, alta riqueza de espécies, são facilmente amostradas e relativamente mais fáceis de serem identificadas que outros organismos. Assim sendo, este estudo objetivou estudar a Mirmecofauna presente no Fragmento de Floresta Atlântica, determinando as formigas em nível de morfoespécie, observando as que possuem potencial bioindicador de qualidade ambiental. O estudo foi realizado no Instituto Zoobotânico de Morro Azul IZMA, com área aproximada de 19 ha num fragmento de Floresta Atlântica de aproximadamente 120 ha localizado no Terceiro Distrito do Município de Eng. Paulo de Frontin, onde foi instalado um transecto no qual foram determinados quatro pontos distantes aproximadamente 250 metros um do outro. Nesses pontos, foram instaladas cinco armadilhas de solo do tipo pitfall. As armadilhas ficam 5m adentro da trilha e distantes 10m uma da outra. As armadilhas permaneceram por 48h no campo. O gênero mais representativo em relação ao número de morfoespécies foi Pheidole, com oito morfoespécies relacionadas, seguido por Apterostigma (três), Strumigenys (três) e Azteca (três). Os demais gêneros apresentaram de uma a duas morfoespécies. Os pontos de coleta I e II foram os mais representativos em relação ao número de indivíduos e diversidade de gêneros encontrados, pois esses pontos possuem maior abundância de serapilheira e riqueza de espécies vegetais, fatores importantes para a sobrevivência de várias espécies que vivem da serapilheira, como várias espécies de Ponerinae e Ectatomminae. O equilíbrio entre a ocorrência de espécies raras e comuns é um parâmetro para a avaliação de impacto ambiental. As espécies raras necessitam de uma estrutura ecológica mais harmônica, ou seja, ambientes climácicos ou em pleno estado de recuperação, como é o caso do fragmento estudado, já as espécies comuns habitam não só ambientes climácicos, como ambientes perturbados pela ação antrópica ou por processos de sucessão ecológica. |