Cooperativa habitacional: uma alternativa para o sonhado acesso à casa própria? O caso da Cooperativa Shangrilá
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12078 |
Resumo: | O déficit habitacional no Brasil tem sido uma questão persistente ao longo da história do país. Diversas experiências habitacionais coletivas foram e tem sido fomentadas tanto pelo poder público como por outras entidades e coletividades. Com o intuito de contribuir para a discussão de alternativas para esse problema do déficit habitacional a presente pesquisa busca analisar se o cooperativismo habitacional praticado pela cooperativa Shangrilá gerou benefícios socioeconômicos para os moradores cooperativados. Foram feitos levantamentos bibliográficos e entrevistas remotas com informantes qualificados (fundadores e co-fundadores da cooperativa, coordenadora de moradia popular e responsáveis técnicos e administrativos das obras), além dos cooperativados da cooperativa Shangrilá. Com o olhar da construção social dos mercados, associado à teoria dos campos e dos custos de transação serão avaliados os benefícios deste modelo habitacional desde a condição de aquisição e negociação até a implementação da moradia e posterior gestão do coletivo de moradias. Para análise de dados foi utilizada a análise de conteúdo. Mesmo sendo uma cooperativa habitacional e mista, a cooperativa Shangrilá, desde sua formação inicial, possui diversas características de uma cooperativa de crédito Apesar do objetivo ter sido atingido, a ausência do apoio do governo foi apontada pelos cooperativados e informantes qualificados como um ponto negativo. Porém, considerando que os modelos tradicionais não possuem capacidade para atender a todas as camadas da população, este ponto negativo pode ser levado em consideração se observado o caso da cooperativa Shangrilá como um modelo alternativo para aquisição da casa própria. Nesta pesquisa foram observados benefícios sociais e econômicos como: o desenvolvimento de habilidades técnicas, e aspectos subjetivos, tais como, o sentimento de pertencimento e a promoção da autoestima; o humanismo; a igualdade; a solidariedade; a democracia; a justiça social; o protagonismo de agentes; e o mutualismo como princípio fundamental deste grupo onde os mesmos são capazes de reduzir os custos de transação no que tange o oportunismo e a assimetria da informação. |