Bioecologia, patologia e alternativas de controle quimioterápico de Dermatobia hominis (Linnaeus Júnior, 1781) (Diptera: Cuterebridae) no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Sanavria, Argemiro lattes
Orientador(a): Moya Borja, Gonzalo Efrain lattes
Banca de defesa: Moya Borja, Gonzalo Efraín, Grisi, Laerte, Lopes, Carlos Wilson Gomes, Lopes, Hugo de Souza, Massard, Carlos Luiz
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9805
Resumo: Os estudos de bioecologia, patologia e alternativas de controle quimioterápico de Dermatobia hominis (Linnaeus, Jr., 1781) foram realizados em áreas da Estação para Pesquisas Parasitológicas W.O. Neitz da Universidade Federal Rural do Rio Janeiro, durante o período de maio/85 a abril/86. Os resultados obtidos nestes experimentos indicaram que a fase de pupação e emergência da mosca do berne durante o ano foram influenciados pelos diferentes tipos de substrato e pelo mesoclima, tendo sido ainda identificada associação de predadores e de outros organismos, que influenciaram negativamente as larvas de 3º ínstar, nas pupas e adultos. Solos com cobertura vegetal ou matéria orgânica proporcionam melhor emergência de adultos. Com relação ao mesoclima, temperatura e precipitação pluviométrica foram os fatores que mais influenciaram o desenvolvimento das fases não parasitárias. A evolução da fase parasitária em bovinos foi acompanhada através de biopsias e exame histopatológico entre 24 horas até 960 horas após a infestação artificial, tendo sido evi- xxxii. denciados diferentes tipos de alterações e de repostas inflatórias das distintas fases de evolução das larvas. Dentre os compostos químicos avaliados através do tratamento de bovinos artificialmente infestados, destacaram-se por sua eficácia, o tratamento efetuado com a associação de albendazole (anti-helmíntico do grupo dos benzimidazóis) com trichlorfon por via oral (87,5 a 100%) e da associação do piretróide alfametrina com o organofosforado dichlorvos (DDVP), que se mostrou 100% efetivo nos tratamentos por pulverização. Dentre os compostos anti-hormônio juvenil utilizados por via oral, dois deles apresentaram 100% de eficácia na prevenção do desenvolvimento de larvas de 1º ínstar em bovinos. Carbamatos empregados em tratamentos por pulverização de bovinos infestados por larvas de 3º ínstar, apresentaram baixa eficácia. O modelo utilizado com infestação artificial de cobaios para avaliação de compostos químicos não correspondeu à expectativa. Com relação à determinação do período residual de atividade com elevada eficácia na prevenção de infestações experimentais, a ivermectina protegeu os animais entre 14 e 20 dias após o tratamento. A pulverização de bovinos com a alfametrina (0,005%) ofereceu um período de proteção de até 18 dias após o tratamento.